Crítica | Batman – O Cavaleiro das Trevas , parte 1 e 2

 

Sinopse:

The Dark Knight Returns conta uma história que começa 10 anos após a aposentadoria do vigilante mascarado Batman. Os heróis no mundo estão extintos por lei e Superman, o último em atividade, é um agente secreto americano, uma super-arma usada em casos de guerra ou crise internacionais. O aumento de criminalidade em Gotham City, com a gangue chamada de “mutantes” aliado a um incomum senso de justiça de Bruce Wayne, fazem o homem-morcego sair das trevas da aposentadoria e enfrentar os criminosos da cidade. Batman é representado por Miller como um homem traumatizado e atormentado pelo seu passado, que usa inteligência e força para fazer justiça de maneira muito mais bruta e violenta em relação às suas atividades anteriores, tendo porém como limite o princípio de nunca matar os criminosos.

A animação da HQ de Frank Miller é muito fiel ao material fonte e isso já será um grande alívio para os fãs. Todos os eventos da história (pelo menos até o final da fita, com a briga na lama contra o líder dos Mutantes) são contados na ordem em que eles acontecem no trabalho de Miller.

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Como os quadrinhos de Frank Miller são fortemente cinematográficos, a adaptação para uma obra animada funcionou bem, com um roteiro ditado pelo que o autor escreveu, sem qualquer tentativa de inovação. A única alteração sensível, mas com sentido, é a dissociação direta com os anos 80, algo muito presente nos quadrinhos. Não vemos mais um Ronald Reagan envelhecido como presidente dos EUA. Na verdade, não há menção à presidência do país. Mas o uso de uma narrativa dependente de telejornais continua lá, intacta, servindo como comentário à ação que se desenrola na tela.

Há  problemas, como  a opção que os produtores fizeram de eliminar a narração do Batman. Assim, frases icônicas, as melhores de todo o quadrinho, ficaram de fora. Eles (os produtores) poderiam ter dado um clima noir ao desenho. Por exemplo, quando Batman surge pela primeira vez na HQ, dando um salto no vazio e mencionando que a chuva batiza seu peito, esse momento não existe na animação. Sim, ele aparece pulando, mas não é a cena da HQ! Aliás, todas as cenas de página inteira, que são as mais marcantes, foram cortadas. Por exemplo, quando Robin abraça Bruce Wayne todo ferido na Batcaverna ou quando Batman segura o corpo do general enrolado na bandeira americana.

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A parte 2 começa três meses após Batman ter vencido o líder dos Mutantes no braço em uma arena no esgoto a céu aberto de Gotham City. Os três grandes inimigos do Morcego, nesse segundo capítulo, são a nova comissária de polícia, Ellen Yindel que, tomando o lugar do aposentado Comissário Jim Gordon jura capturar o justiceiro mascarado; o Coringa que acorda de seu estado catatônico quando vê Batman voltar à ativa, em uma sensacional reiteração que um só existe por causa do outro e, finalmente, o escoteiro do Universo DC, o Superman agora um mero pau-mandado do presidente dos EUA.

O embate entre Batman e Superman acontece ,com o kryptoniano enfraquecido e com o terráqueo fortalecido por uma armadura, além de outras armas, a luta épica se desenrola por vários minutos. É importante frisar que a história é situada em um futuro alternativo do Universo DC, então não é considerada definitiva.

 

O que realmente pecou na animação foi  justamente não ter adaptado as partes de impacto da HQ. O que acaba não fazendo jus   a fonte original, caso fosse bem trabalhado seria a animação top 1 da DC.

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