Crítica | Legends of Tomorrow – 2ª Temporada

A primeira temporada de Legends of Tomorrow se propôs a trazer para os holofotes personagens de outras séries de herói da CW, como Sara Lance, a mais conhecida por ser a primeira Canário Negro em Arrow. Agora a Canário Branco.

Nesta nova temporada a série decidiu colocar o time de heróis atemporais contra um time de vilões. Enquanto que na primeira os heróis se centravam no vilão Vandal Savage que teve um arco fraquíssimo e esquecível, na segunda temporada, os fãs foram introduzidos ao time de vilões que foi retirado diretamente dos quadrinhos a  Legião do Mal, com uma formação ligeiramente diferente.

Legends of Tomorrow em sua segunda temporada se tornou divertida  e abraçou isso de vez, é até um pouco boba em alguns aspectos. Mas é justamente esse detalhe sem compromisso que cativa os espectadores. Ela tem uma vibe total de quadrinhos clássicos da DC. O principal plot da temporada foi a ”Lança do Destino” e toda a saga de mudanças na realidade, esse é mais um ponto das HQs que a série conseguiu adaptar para a TV de forma orgânica.

A segunda temporada trouxe a sua versão da Sociedade da Justiça, com o Comandante Aço, a Vixen do passado, a Sideral, o Doutor Meia-Noite,  Manto Negro e o Homem-Hora, além do personagem Nate que se torna o Cidadão Gládio. E ainda trouxe a participação do pistoleiro da DC , Jonah Hex interpretado pelo ator Johnathon Schaech, no episodio ”Outlaw Country”.

A série usa e abusa de efeitos visuais , o pior de tudo é que a qualidade deles em alguns episódios que é bem questionável. Os efeitos visuais em sua grande maioria não passam organicidade e parecem muito artificiais, que até desconcentram o espetador daquilo que se está a passar. Isso poderia ter sido resolvido em tomadas mais simples, e algumas coisas menos mirabolantes.

A ausência de Rip Hunter em grande parte da temporada, devido a compromissos de Arthur Darvill com as filmagens de Broadchurch , contribuiu para um dos realces da temporada: Sara Lance como a Capitã do Waverider. Porem quanto o personagem retornou, acabou gerando reviravoltas de enredos previsíveis e tornou alguns episódios até chatos. Por mais que o ator tenha feito um trabalho competente com personalidade malvada.

A equipe Vilanesca Legião do Mal, foi composta por vilões de outras séries do Arrowverso. Pelo Flash Reverso Eobard Thawne (Matt Letscher) , um resultado direto do Flashpoint criado por Barry Allen em The Flash , Damien Darhk (Neal McDonough), antagonista da quarta temporada de Arrow , e Malcolm Merlyn (John Barrowman).

Na temporada houve diversas referencias á filmes, HQs da DC e  principalmente a obra Camelot/3000 em um episodio com o mesmo nome,  sendo  está referencia em duas localizações diferentes onde a nave dos heróis pousa, rastreando os pedaços restantes da ”Lança do destino”, Detroit, no ano 3000 e Camelot, no ano 507. Uma sacada bastante interessante.

A segunda temporada de Legends of Tomorrow teve problemas de ritmo , especialmente na primeira metade, com alguns episódios longos e voltas no tempo que poderiam ser dispensáveis, mas tudo foi compensado pelo roteiro divertido e semelhantes a filmes de ficção cientifica B. O arco da ”Lança do Destino” trouxe  novas perspectivas e trabalhando os dramas pessoais e familiares de maneira irreverente. Quer uma aventura descompromissada, assista está temporada.

Legends of Tomorrow- ( Idem- EUA-2017)

Desenvolverdores: Greg Berlanti, Marc Guggenheim, Andrew Kreisberg e Phil Klemmer

Showrunners: Sarah Nicole Jones, Glen Winter e Vladimir Stefoff

Roteirista: Vários

Direção: Vários

Elenco: Victor Garber, Brandon Routh, Arthur Darvill, Caity Lotz, Franz Drameh, Matt Letscher, Maisie Richardson-Sellers, Amy Pemberton, Nick Zano, Dominic Purcell, Neal McDonough, Katie Cassidy, John Barrowman, Wentworth Miller, Jack Turner

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