Crítica | Outlander: 1ª e 2ª temporada

Outlander é uma série de TV lançada no ano 2015 baseada na série de livros com o mesmo nome(no qual escrevi aqui) escrita por Diana Gabaldon e a  série criada por Ronald D.Moore(Battlestar Galactia).

1º Temporada

A primeira temporada é baseada na história do primeiro livro A Viajante do Tempo e conta a história de Claire Randall uma enfermeira do exército inglês o período da Segunda Guerra Mundial e a seu marido, Frank, historiador e agente da inteligência inglesa durante o início dos anos 40. Após a vitória dos Aliados, os dois resolvem viajar para Inverness, na Escócia, em uma segunda lua de mel para que Frank possa pesquisar sobre seus ancestrais. Após assistir a um ritual místico nas colinas de Craigh na Dun, Claire é brutalmente jogada através do tempo, para o ano de 1743, as vésperas de uma violenta guerra civil. Acolhida pelo clã MacKenzie, Claire tenta se adaptar a sua nova realidade ao mesmo tempo em que procura uma maneira de voltar para casa.

Em termos de adaptação a série consegue ser impecável, em relação a recriação de época e detalhes técnicos ,tudo é muitíssimo bem feito, em termos de roteiro mesmo com suas mudanças sutis em relação ao material de origem , a série consegue manter toda a essência da obra, e nela conseguimos ficar ainda mais imersivo no seu universo, não somente pelo o ponto de vista da Claire, como também de outros personagens, trazendo assim uma maior dinamicidade da adaptação.

As atuações também são o ponto o alto, vale destacar o casal de atores principais Caitriona Balfe e Sam Heughan, que entregam uma química absurda em cena ,sem falar no excelente desempenho dos dois atores, Caitriona entrega uma Claire cheia de personalidade, corajosa de destemida e ao mesmo tempo cheia de conflitos internos, já Sam entrega um Jamie carismático e apaixonante, um herói imperfeito que carrega uma história cheia de traumas e conflitos não resolvidos, mas o grande desempenho aqui e do ator Tobias Menzies, que interpreta Frank Randall e o Comandante Jack Randall, que interpreta dois personagens completamente distintos tanto em personalidade como em aparência, fazendo um trabalho de aplaudir de pé ,sendo responsável pelos os melhores momentos da temporada.

Enfim, a primeira temporada de Outlander é excelente como adaptação e como série, com 16 episódios seu ritmo é constante, movida sempre por uma historia repleta de aventura, drama  e romance.

2º Temporada

Em sua segunda temporada baseado no livro Libélula no Âmbar(segundo da série), a história de Jamie e Claire continua rumo a França e eles  se hospedam na  casa de Jared, um parente de Jamie. De lá, os contatos e a posição social de Jamie logo o colocam em contato com o príncipe exilado da Escócia, Carlos Edward Stuart e com o rei da França, Luís XV, lá os dois tentam impedir que o príncipe leve adiante a guerra contra a Inglaterra, no qual culminará na famosa Batalha de Culloden levando muitas pessoas a morte e culminando no fim dos clãs escoceses.

Nesse segundo nota-se um mudança de narrativa, troca-se o tom aventuroso e simples da primeira temporada, por uma trama mais política e densa, há também uma mudança brusca de cenário, no qual deixam-se a rústica Escócia pela a esplenda França, nesses aspectos a série mostra ainda mais de suas qualidade técnicas com direito a figurinos deslumbrantes e cenários lindíssimos. O rumo do romance de Claire e Jamie também sofre mudanças, enquanto que no primeiro ano eram um casal que exalava uma paixão ardente, nesse segundo ano ,Claire  (grávida) e Jamie agora casados , começam a sofrer conflitos típicos do matrimonio,  desde de pequena discussões até aquelas que quase colocaram em cheque a relação entre os dois , nota-se também um amadurecimento dos dois personagens em consideração há vários acontecimentos do ano anterior  , além de novos personagens que chegaram para esquentar ainda mais a trama.

O segundo ano consegue superar com louvor a primeira temporada, trazendo uma trama mais densa e com mais reviravoltas intensas e momentos emocionantes, há algumas mudanças em relação ao segundo livro ,mas nada alarmante que tire a qualidade da obra.

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