Crítica | The Leftovers: 1ª e 2ª temporada

The Leftovers é uma série de TV lançada em 2014 exibida pela a HBO baseada no livro escrito(com o mesmo nome) por Tom Perrotta , e desenvolvida pelo o próprio autor do romance  e por Damon Lindelof(Lost).

1º Temporada 

A trama da série gira em torno dos personagens habitante do pequeno subúrbio nova iorquino de Mapleton , no qual passaram-se três anos após o acontecimento chamado ‘’Partida Repentina’’ no qual, ocorreu o desaparecimento inexplicável e simultâneo de 140 milhões de pessoas, 2% da população mundial, em 14 de outubro de 2011. Entre os principais personagens ,Kevin Garvey um chefe de polícia divorciado de Laurie, que logo após o evento do dia 14 de outubro de 2011 ,ela decidiu juntar-se aos Remanescentes Culpados ,uma seita no qual os participantes de comunicam apenas pela a escrita e se vestem de branco e tem como objetivo fazer os participantes e as pessoas em sua volta (no qual levam a vida normal depois do evento) sempre lembrarem da Partida Repentina, Kevin mora com sua filha  adolescente Jill  no qual mantem-se num relacionamento distante e pouco comunicativo depois do evento, seu outro filho Tom ,o mais velho abandonou a faculdade e começou a seguir uma espécie de profeta, dos muitos produzidos pelo ocorrido. Dentre os outros personagens há também o padre Matt que não acha que a Partida Repentina  foi um evento religioso e confronta os cidadãos sobre essa verdade em que ele acredita e  sua irmã Nora que tenta levar a vida depois de perder toda sua família no evento da Partida Repentina.

A série apesar de traçar um suspense enigmático e cheio de alegorias e metáforas ,sua principal característica é mostrar o drama dos seus personagens principais e como eles aprenderam a lidar com a vida depois do evento de 14 de outubro de 2011, o impacto do evento é tão grande que não somente mostra apenas o ponto de vista  desses personagens e sim com o mundo todo, mostrando vários tipos de manifestações da sociedade pra saber o porque desse evento desde de pesquisas científicas até seitas ,profetas e religiões para mostrar o quanto a humanidade é frígida e desestabilizada para lidar com um acontecimento desse tipo de magnitude.

A série se destaca pelas suas atuações principalmente do elenco composto por Carrie Coon, Christopher Eccleston e Amy Brenneman e uma trilha sonora marcante, a trama da primeira temporada apesar de um ritmo  lento ,consegue emergir o telespectador no drama e cotidiano  dos seus personagens  faze-lo questionar sobre os seus mistérios e metáforas.

2º Temporada

A trama da segunda temporada, segue com Kevin que  se aposentou de seu cargo de chefe de polícia de Mapleton e está se mudando com a sua nova família para o Texas,com ele está Nora que descobriu um novo propósito, cuidando do bebê que ela encontrou na porta de Kevin e está feliz em deixar para trás Mapleton e a tragédia  que ela sofreu , igualmente ansiosa para deixar a cidade onde cresceu e os amigos que ela fez, está a filha de Kevin, Jill .Após a sua chegada em Jarden, Texas, a família Garvey conhece seus vizinhos, os Murphys: John  e Erika  e seus gêmeos adolescentes, Evie  e Michael . Na mesma noite em que a família Garvey chega na cidade, a filha dos Murphy, Evie desaparece misteriosamente abrindo caminho para um trama cheia de mistérios.

O grande ápice da série chega em seu segundo ano, em que as metáforas e analogias ganham mais espaço e mostram que mesmo na pequena cidade do Texas ,em que o evento da Partida Repentina nenhum habitante chegou a desaparecer, a instabilidade percorre naquela ambiente e nas pessoas que vivem, a família Murphy por exemplo está longe de ser uma família de ‘’comercial de margarina’’ e que durante o desaparecimento de Evie é mostrado vários conflitos e problemas  não resolvidos presentes entre eles , a série ganha mais espaço pra trabalhar mais intimamente cada um dos seus personagens, episódios mais centrados em um ou dois personagens são mais frequentes fazendo dessa temporada uma trama mais centralizada. Ao longo da temporada, a realidade e a irrealidade é posta em cheque pelo o próprio telespectador ,é possível sentir a trama tomando um rumo mais misterioso  ,mas nunca sem perder suas nuances dramáticas, o que poderia ocasionar em um pretensiosismo barato, os criadores transformam em algo mais simples cabendo ao próprio telespectador interpretar aquilo o que ver ou melhor fazendo- o sentir na maioria da vezes como os próprios personagens.

Além dos personagens centrais compostos por Kevin ,Nora, Jill  e a família Murphy, temos também a volta de Matt em que nessa temporada também muda-se para cidade do Texas, e nesse meio tempo é possível ver a fé do personagem ser testada a todo momento. Laurie que não chega a morar nos Texas, é mostrado que ela deixou os Remanescentes Culpados  e está junto com seu filho Tom buscando  ajudar os membros da seita a não participarem dela por conta do mesmo trauma em que ela passou na qual ela foi membro e nisso descobrir uma causa para tirar a dor em seu coração.

Enfim ,a segunda temporada traz um roteiro brilhante além de atuações impecáveis da maior parte do elenco, em que mais uma vez Carrie Coon, Amy Brenneman e Christopher Eccleston brilham, mas também temos o destaque de Justin Theorux que nessa temporada, mostra um intenso trabalho dramático e psicológico ao lado de Ann Down, poderia dizer facilmente que a segunda temporada deThe  Leftovers foi a melhor série de 2015 ,trazendo um trabalho de qualidade notável em todos os aspectos e  que dificilmente ocorre todo ano.

 

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