Crítica | A Múmia (1999)

De vez em quando, ou muitas vezes, os estúdios sentem uma “necessidade” de fazer remakes ou reboots para introduzir personagens que fizeram muito sucesso em anos passados para uma nova geração e fazer muito dinheiro. Não foi muito diferente com “A Múmiaque é um dos clássicos filmes de monstro da Universal só que agora nesse novo filme haveria um distanciamento do terror gótico para um filme de aventura. Será que isso deu certo?

O filme começa com um prólogo no Egito Antigo onde o espectador é apresentado a Thebes, a Cidade dos Vivos que é governada pelo Faraó Set I que tem uma linda filha Anck-su-Namun a qual ele não deixe que ninguém a viole. Um dia, porém, ele descobre que o seu Sumo Sacerdote Imhotep estava tendo um caso com ela e antes que ele menos espera, o casal o mata e Imhotep é obrigado a fugir para Hamunaptra, A cidade dos Mortos e a Princesa se mata para deixar que o seu amado fuja e a ressuscite em breve. Ao chegar à cidade, ele tem acesso ao profano Livro dos Mortos para ressuscitar a sua amada, porém quando estava finalizando o ritual é impedido pelos guardas do Faraó que o condenam a receber a maldição do Hom Dai, a pior das maldições egípcias e é mumificado vivo.

Após essa breve introdução o espectador acompanha a pesquisadora Evelyn Carnaham que é fascinada pela história do Egito e o seu irmão Jonathan conseguiu por as mãos em algo que pode trazer uma luz para o mistério da já cidade perdida de Hamunaptra e contam com a ajuda do aventureiro Rick O`Connel que alega já ter visto a cidade. Ao libertarem da prisão onde estava preso, eles partem em procura da cidade e quando a acham acabam acordando Imhotep que vai espalhar seus séculos de dor e sofrimento por toda a Terra.

A tragédia de Imhotep deixa de ser o foco principal da história e acaba que o sumo sacerdote não chega a ser desenvolvido como deveria caindo no velho clichê de querer dominar o mundo. O espectador sente como se Imhotep estivesse mais distante, mas tal mudança é em certas partes compreensível já que é um filme de aventura, mas o senso de desapontamento se encontra presente de todo jeito.

O elenco consegue se destacar de forma positiva. Brendan Fraiser está carismático como o aventureiro Rick O´Connel e Rachel Weisz também tem os seus momentos. Kevin J. O` Connor e John Hannah estão excelentes servindo como os alívios cômicos do filme enquanto Arnold Vosloo está perfeito como Imhotep com um olhar que exprime o poder, o respeito e a impotência que um sumo sacerdote deveria possuir. Vosloo consegue passar perfeitamente uma imagem de Morte e Destruição sendo o maior destaque do elenco.

O grande uso de CGI no filme acabou não ajudando o filme no duro teste da passagem do tempo onde eles já apresentam estar datados causando um pouco de incômodo em algumas cenas. A maquiagem é um acerto da produção do filme principalmente nas cenas em que Imhotep “suga” as suas vítimas para se regenerar.  A trilha de Jerry Goldsmith também é outro incrível acerto da produção transportando o espectador para aos tempos antigos quando necessário, transmitindo um senso aventureiro em outros e oferecendo algumas faixam que puxam mais para o terror.

Sendo um grande sucesso de bilheteria possibilitando a criação de uma trilogia, “A Múmia” é um ótimo filme blockbuster misturando aventura com humor na medida certa. Mesmo que em gênero e qualidade se distancie muito do filme de 32, esse filme merece ser visto de preferência com um grande saco de pipoca porque será uma divertida viagem.

Título Original: “The Mummy” (1999)

Direção: Stephen Sommers

Roteiro: Stephen Sommers, Lloyd Fonvielle, Kevin Jarre

Elenco: Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah , Anorld Vosloo, Kevin J. O`Connor, Jonathan Hyde, Oded Fehr, Erick Avari, Corey Johsnon, Tuc Watkins, Omid Djalili, Aharon Ipalé 

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