Crítica | Resident Evil: Vendetta (2017)

Em Residente Evil : Vendetta o terceiro filme em CGI de uma trilogia, a união de alguns dos principais protagonistas da franquia funciona tão mal que acaba nos surpreendendo de maneira negativa. O enredo é apressado demais, as cenas de ação exageradas e a personalidade dos heróis fica sempre em segundo plano.

Chris Redfield é introduzido através uma operação que abre o filme, no qual ele está a caminho de prender Glender Arias, um comerciante ilegal de armas biológicas. O primeiro ato até então, estabelece um clima de suspense e tensão bastante competente. E deve dar alguns sustos.  A ação acontece em uma mansão abandonada , e tenta nos remeter ao terror dos primeiros jogos, onde mais uma vez o fracasso toma conta de Chris ao ver sua equipe dizimada.

Leon infelizmente deixa de ser o carismático e extrovertido agente especial para se tornar um depressivo sem motivações. Chris não parece carregar nada do luto e dores dos jogos passados, resumido a uma máquina de combate que não mostra seus propósitos. É Rebecca quem consegue dar um fôlego na animação. Mas ao ser colocada como a eterna mocinha que precisa ser salva das garras do vilão lunático, perde espaço para os dois heróis que deveriam carregar algumas mágoas do último jogo em que estiveram juntos e não se deram muito bem.

A heroína Rebecca Chambers (Resident Evil 0), deixou de ser uma agente do time Bravo estranhamente, para se tornar uma cientista respeitada na busca por uma vacina contra a ameaça usada por Arias, o Trigger Virus.  partir do segundo ato  os três protagonistas montam um time, juntando esforços para derrotar Arias e seu plano de vingança. E também é a partir daí que as coisas começam a fazer menos sentido , por incrível que pareça.

Cronologicamente dentro da saga, o filme se passa após o sexto jogo e antes do sétimo jogo. Muita informação fica oculta no filme e pode prejudicar uma pessoa que resolva ver esse capítulo sem ao menos ter visto ou jogado algum Resident passado (o jogo  4 e o 6).

As cenas de ação estão exageradamente coreografadas, ao ponto de se tornarem ‘’mecânicas’’  ao extremo.  Leon  é capaz de matar inocentes , explodindo carros ao longo do caminho em determinada cena, de deixar Michael Bay orgulhoso. Ainda que a motivação para criar um apocalipse viral seja bastante palpável, um dos poucos pontos positivos do filme aliás. Glenn Arias não entrega um vilão memorável. Acaba que fica aquela sensação de desapontamento com Vendetta.

Resident Evil: Vendetta ainda sim agradará os fãs de Resident Evil como uma opção ao filmes em live action que mais decepcionaram do que agradaram de tão diferente que é da franquia original.

Comments are closed.