Teoria | Seria Ubisoft a Pixar dos jogos?

ATENÇÃO: esta matéria contém alguns spoilers dos seguintes jogos: Far Cry 3, Assassin’s Creed 1, Assassin’s Creed IV: Black Flag e Watch_Dogs.

Após sua fundação em 1986, a produtora de jogos francesa Ubisoft rapidamente se tornou uma das expoentes da indústria, possuindo atualmente um variado leque de franquias famosas em suas mãos. Mas e se um segredo estivesse sendo guardado em seus títulos? Existem diversas pistas espalhadas que apontam para algo muito maior: a possibilidade de que todos os jogos da empresa se passam dentro de um mesmo universo. É o que esta teoria se propõe a demonstrar.

As evidências mais fortes dessa teoria estão presentes nos jogos das franquias Assassin’s Creed e Watch_Dogs, mas os primeiros indícios começam em Far Cry 3, lançado em 2012. Isso se deve a algumas “coincidências” um tanto suspeitas em Jason Brody, o protagonista do jogo. Jason possui a capacidade de enxergar inimigos através de objetos sólidos, e essa mesma habilidade se faz presente em todos os jogos de Assassin’s Creed, na forma da “Visão de Águia”.

Durante a história de Far Cry 3, outra evidência surge: Jason perde o dedo anelar de sua mão esquerda em uma partida de pôquer. Exatamente o MESMO DEDO que falta no protagonista Altair em Assassin’s Creed – o que é explicado no jogo pelo fato dos assassinos serem obrigados a decepar o dedo para utilizar sua famosa Lâmina Oculta.

As ligações ficam ainda mais fortes após a DLC “Lost Expeditions” de Far Cry 3, onde, em determinado momento da história, é possível encontrar uma instalação inteira da Abstergo, a empresa vilã da série Assassin’s Creed. Nesse local, achamos uma pequena nota falando sobre “um experimento com memória genética” (que seria o Animus de AC). Fora isso, uma senha usada para abrir uma porta (122112) é uma referência à combinação de números da data 21 de dezembro de 2012 (no formato do calendário americano), o famigerado fim do mundo pelo calendário maia, que é citado em AC como um “evento cataclísmico”.

Ainda em Far Cry 3, existe um artefato muito importante na história do jogo: a Adaga Chinesa. Essa arma é um item ancestral que carrega um certo misticismo em si, por supostamente ter propriedades mágicas que transformariam qualquer pessoa no lutador perfeito, além de fazer todos se ajoelharem ante seu portador através de controle da mente, o que é relatado pelos nativos do local. O jogo deixa em aberto se isso é real ou não, ainda mais pela franquia prezar pelo realismo, apesar de muitas gerações tentarem encontrar a tal adaga, reforçando o suposto poder contido nela.

Mas como explicar essa “magia”? A resposta está em Assassin’s Creed. A história destes jogos remonta ao início da humanidade, momento em que seres chamados como “A Primeira Civilização” criaram a raça humana e também as Peças do Éden, artefatos de alta tecnologia com a habilidade de controle da mente. Desse modo, a Adaga Chinesa seria uma das Peças do Éden, o que explica seu poder mágico. “Não é feitiçaria, é tecnologia” – by Joana Prado.

Outro indício de que existe o poder de controle mental em Far Cry 3 é o fato das armas do jogo terem o formato de borboleta, inseto que possui um certo significado de controle mental, segundo uma teoria da conspiração da vida real, além da ocorrência de alucinações no jogo. Fora isso, na DLC de Far Cry 4, “Valley of the Yetis”, é feita uma rápida menção a uma suposta relíquia de controle da mente. Há possibilidade das “Areias do Tempo” da franquia Prince of Persia (da Ubisoft) também serem Peças do Éden.

Finalmente, o elemento mais forte da teoria está presente em Assassin’s Creed IV: Black Flag. Logo no começo do jogo, é apresentado um personagem chamado Olivier Garneau, diretor criativo-chefe da Abstergo. Em certo momento, ele vai a uma reunião com os investidores e… não volta a aparecer ou ser mencionado no jogo. Mas sabemos o que aconteceu com ele por causa de Watch_Dogs, também da Ubisoft, já que Olivier é morto por Aiden Pearce, o protagonista do jogo, em uma missão secundária. Em Watch_Dogs, também é possível encontrar funcionários da Abstergo pelas ruas e em Assassin’s Creed há documentos sobre contratos com a Blume (a empresa de Watch_Dogs).

Por último, uma curiosidade: em Watch_Dogs, o sobrinho de Aiden é visto jogando Child of Light, título da Ubisoft, mas com uma pegada mais cartunesca. É possível que esse jogo seja também desenvolvido, dentro da história de Watch_Dogs, pela Blume ou pela Abstergo, uma vez que são megacorporações multinacionais, que podem muito bem investir em outras áreas da tecnologia. A mesma ideia se aplicaria a outros jogos mais “cartunizados” da Ubisoft, como Rayman e Rabbids, que seriam franquias dessas duas empresas.

Cabe salientar que a teoria não abarca os jogos da série Tom Clancy (Splinter Cell, Rainbow Six Siege, etc.), por se tratar de adaptações de livros, não sendo ideias originais do estúdio. O mesmo para jogos licenciados e baseados em outras obras como filmes e animações.

Mas, claro, isso é apenas uma teoria… uma “game teoria”…

TEXTO ORIGINAL POR @RIPTORBR. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PARA O AUTOR.

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