Faz um tempo que parei de postar, talvez por ter esgotado as ideias, mas aqui trago um post curto sobre casos que são bem raros: Adaptações que são melhores do que a obra que as inspirou, aqueles casos raros em que a HQ é superada por sua adaptação.
Kick-Ass – Quebrando Tudo
Como um bom adolescente leitor de quadrinhos eu sou um fã do trabalho do Mark Millar, e um dos seus conhecido com certeza é Kick-Ass, o único super-herói verdadeiramente realista, mais conhecida por sua adaptação para o cinema de 2010. O filme é uma adaptação bastante fiel ao quadrinho, porém suas mudanças aprimoraram a história. Mark Strong como Frank D’Amico é muito melhor do que o Johnny Genovese do quadrinho, e desde o começo sabemos da identidade real do Red Mist, tirando qualquer tom de plot-twist fajuto que quem já leu o quadrinho teria, o plot-twist envolvendo o personagem de Nicholas Cage(quem está muito bem nesse filme) também é removido, nos fazendo gostar mais de seu personagem, além de uma trilha sonora ótima, que claro que não está no quadrinho.
Superman Contra a Elite
“Superman Contra a Elite” é um filme de 2012 inspirado no quadrinho de Joe Kelly “Olho Por Olho” (péssima tradução de algo que deveria ser semelhante a “O que é tão Divertido em Verdade, Justiça e o Jeito Americano?”) um dos melhores quadrinhos do Superman dentro do cânone da DC, e um dos meus favoritos desse que é meu personagem favorito, mas apesar disso, sua adaptação é muito melhor. Importante ressaltar que o filme é roteirizado por Joe Kelly, o mesmo altor do quadrinho que expande sua obra numa adaptação muito melhor devido ao tempo de tela. Esse tempo permite contar a origem de Manchester Black, uma das melhores coisas do filme, e diferente de contraparte dos quadrinhos, tem uma personalidade, e ótima para um vilão/anti-herói, além de atualizações nos membros da Elite, que ainda são uma crítica aos anos 90, mas não carregam aquele visual datado deles, além do traço em si ser melhor que o do quadrinho.
Liga da Justiça Sem Limites Episódio 02 “Para O Homem Que Já Tem Tudo”
Existe um único detalhe nessa adaptação que me desagrada de bem leve, e ainda assim entendo perfeitamente, é o fato do Superman estar casado com Lana Lang na fantasia dele, e no quadrinho ser Lyla Lerrol, uma ótima referência a um dos melhores quadrinhos do Superman, mas pro Superman do Bruce Timm, ficaria gratuito. Alan Moore é um autor com sérios problemas com relação a adaptações de suas obras(o que entendo mais do que perfeitamente) mas esse episódio consegue superar o a obra dele. O episódio corta a participação inútil do Robin no quadrinho, corta também a crítica ao fanatismo feita por Alan Moore na obra e dá foco no que realmente importa, os sentimentos de Kal-El, e enfoca isso ao deixar ele com apenas um filho pelo qual sente um verdadeiro amor, e descobre que ele não existe. O trecho em que o Batman fica com a Clemência Negra é muito mais profundo, e o momento que ambos Batman e Superman se livram também. Fora isso mantém todo o ponto da obra de Alan Moore ainda melhor.
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