Crítica | Big Mouth – 1ª Temporada (2017)

Big Mouth é a mais nova animação para adultos do Netflix.  Criada por Nick Kroll, Andrew Goldberg, Mark Levin e Jennifer Flackett, a série fala sobre puberdade e as mudanças que vem com ela.

Os episódios trazem os 4 personagens principais (cada qual, um equivalente jovem de um dos criadores da série) passando por situações constrangedoras, todas baseadas em experiências dos próprios criadores e de pessoas que eles conheceram. O primeiro episódio já mostra um grande acerto da série que é representar a puberdade como um monstro do hormônio, que aparece para Andrew (John Mulaney), um garoto muito confuso por não conseguir parar de pensar em masturbação e na sua própria sexualidade.

Do outro lado temos Nick (Nick Kroll), o melhor amigo de Andrew que está obcecado com o fato de, diferente do seu amigo, não ter pelos no corpo e não estar passando pelas mesmas mudanças que ele. Tudo isso é acompanhado de muitas piadas envolvendo órgãos e atos sexuais. Porém, o humor vem de maneira bem natural e você acaba rindo mais das situações constrangedoras ou diálogos feitos de maneira natural do que da parte sexual em si.

Outros personagens que chegam na puberdade vão proporcionando cenas como a primeira menstruação de Jessi(Jessi Klein) durante um passei da escola ou então a descoberta de que Jay(Jason Mantzoukas) faz sexo com seu próprio travesseiro. Ver os personagens passar por várias dessas situações em cada um dos episódios poderia facilmente enjoar ou virar uma piada repetida que perde a graça se não fosse pelo carisma dos personagens que segura a série. Um grande acerto da escolha do elenco de dublagem junto da arte e animação, caricaturado e cômico.

O que corria o risco de beirar o ridículo e virar apenas mais uma piada suja e sem sentido acaba sendo uma conversa engraçada sobre uma fase tão comum e normal pra todos, mas ao mesmo tempo tão difícil de se conversar por conta de constrangimentos e tabus.

Os episódio duram cerca de quase meia hora e certamente vale a pena maratonar caso você tenha um tempo sobrando e queira assistir algo mais descompromissado.

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