Crítica | Deadgirl (2008)

Deadgirl conta a história de dois amigos do ensino médio e autênticos marginais que um dia, durante suas andanças, encontram no porão de um asilo abandonado o corpo de uma linda mulher nua que por acaso é morta viva!. A origem da zumbi nunca é explicada ou questionada (nem menciono a palavra “zombie” em todo o filme), uma vez que a história  mostra como esses jovens decidem manter o segredo sobre ela  e usá-lo para obter tudo o que está proibido no mundo real para satisfazer seus desejos mais primitivos e obscuros.

Os dois primeiros atos do filme são bem lentos, no qual mostra os personagens explorando e quebrando as barreiras do que é permitido. O filme possui algumas cenas nojentas, mas não se foca exatamente nisto, é um suspense dramático. O roteiro surpreende, não escolhe o caminho clichê hollywoodiano e sim o caminho inteligente.

Os diretores Marcel Sarmiento e Gadi Harel foram ousados, e não pouparam o espectador de cenas envolvendo necrofilia. O sentimento depressivo toma conta, e o sofrimento da personagem é quase palpável para nós. A trilha sonora de Joseph Bauer Tem algum momento interessante como o tema principal do piano.

O filme explora  conjecturas morais e éticas  baseadas em imagens passadas, mais do que diálogos. A situação de uma garota nua, algemada, indefesa, sexualmente abusada, totalmente destituída de sua humanidade (no caso de ser humana). E o mais surpreendente de tudo é que, no caso de uma produção americana (mesmo que seja uma produção independente), tal, submissão e degradação são inesperadamente explícitas e perturbadoras, visto mais em filmes estrangeiros.

Deadgirl é um filme diferente. Enganando ao primeiro momento como um drama adolescente com toques de horror, nos colocando logo em diante a vulnerabilidade  diante de certa situação e da podridão do comportamento e da natureza humana.

Deadgirl -2008 ( Idem-EUA)

Diretor: Marcel Sarmiento e Gadi Harel

Roteiro: Trent Haaga

Elenco: Jenny Spain,Andrew Dipalma , Candice King,  Christina Masterson,  David Alan Graf,  Eric Podnar  Michael Bowen, Shiloh Fernandez

Duração: 101 minutos

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