Resenha | Namor: As profundezas (Marvel Comics)

Em Namor: As profundezas vale dizer que o que realmente importa são as questões morais e subjetivas de cada um, o que induz a nossa reflexão. Ele está na leva do selo criado pela Marvel Comics,  a Marvel Knights que  foi criado com o intuito de trazer narrativas mais adultas e de maior qualidade nesse sentido.

O personagem principal da história é o Dr. Stein, um cientista mundialmente renomado por desbancar os mistérios e os mitos ao redor do mundo. A missão de Stein de encontrar o capitão Marlowe, acaba colocando-o em um submarino com um grupo heterogêneo de “deep-mans” (ou “homens-das-profundezas”), como eles se auto-denominam, veteranos no que diz respeito às vastas profundezas do oceano.

Os autores Peter Milligan e o artista Esad Ribic fizeram um trabalho realmente memorável. A história é no mínimo corajosa, porque o personagem principal de certa forma praticamente não aparece. Mas ele está lá do primeiro quadrinho ao último. É praticamente impossível não associar essa fantástica obra a dois autores clássicos da literatura: H.P Lovecraft e Julio Verne, suas obras O chamado de cthulhu e 20.000 léguas submarinas, notamos claramente a influencia.  Ribic  fez um excelente trabalho ao usar fundos escuros e colocações sutis de luz em apenas alguns lugares. O sombreamento em muitas das cenas submarinas concede-lhes a atmosfera opressiva. A primeira aparição do príncipe submarino é imponente e um dos melhores exemplos do poder. A sensação claustrofóbica é crescente e quase constante.

A Leitura é Fluida e pequena ( apenas 126 Paginas) , em 40 Minutos você consegue terminar, mas claro que fica aquele grande gostinho de quero mais. É interessante ver uma abordagem mais realista e intimista, com um tom de investigação e auto-investigação quando se trata da perda do nosso chão. E usar Atlântida como pano de fundo é genial!

Namor: As Profundezas-2008 á 2009 (Sub-Mariner: The Depths -EUA)

Roteiro: Peter Milligan
Arte: Esad Ribic

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