Primeiro começo com o grande triunfo desse filme, aliás, daquilo que mais chama a atenção, são os efeitos visuais. O filme traz uma realidade incrível para um filme que foi gravado 100% em estúdio, com fundo verde e essas coisas. A floresta, os animais, tudo encanta pela perfeição. É claro que em alguns momentos você consegue perceber que é estúdio, mas são poucos momentos. De certa forma, se reparar bem, é possível perceber que não passa de um grande CGI o cenário, mas os personagens são tão encantadores que você não tem tempo para isso. Ainda falando sobre os efeitos, os animais estão ótimos. Eles não ficaram uma coisa estranha de como geralmente acontece com animais que falam em cinema, estão natural, a forma como eles falam não é exagerada (o movimento da boca), além do CGI estar muito bom, conseguindo nos “enganar” e nos fazer acreditar que pelo fotorrealismo dos animais. No aspecto de efeitos visuais, o filme não te decepcionará.
A trama gira em torno do jovem Mogli (Neel Sethi), garoto de origem indiana que foi criado por lobos em plena selva, contando apenas com a companhia do urso Baloo (Bill Murray) e da pantera negra Bagheera (Ben Kingsley), sem nenhum contato com humanos. O menino é amado pelos animais, mas visto como uma ameaça pelo temido tigre Shere Khan (Idris Elba), que está decidido a matá-lo. Com a sua família de lobos ameaçada, Mogli decide se afastar. O longa como muitos sabem é baseado na série literária de Rudyard Kipling, e no longa animado clássico da própria Disney.
Os personagens do filme é outro ponto forte. Você se identifica com cada um, e acaba gostando e torcendo por eles. O ator de Mogli se saiu muito bem, é um garoto fofinho, que tenta ter ser um lobo mesmo não podendo, já que é um humano. A mãe dele consegue nos passar todo esse amor maternal, tanto para com seus filhotes como para Mogli, mesmo sendo de outra espécie. Ela o adotou e o ama. Shera Khan consegue nos passar medo e imponência, Baguera como um sábio e Balu como o folgado de bom coração. Todos são ótimos personagens, bem trabalhados e interessantes. Talvez um pouco exagerado essa necessidade deles quererem proteger o menino que não é animal, mas é um conto infantil, então aceitemos.
A parte negativa fica para o ritmo do filme. Ele em alguns momentos é muito rápido, em outros lentos e um pouco cansativo. Fora algumas coisas que são muito forças e poderiam ser consertadas. Como por exemplo, Mogli leva um bom tempo para chegar na vila dos homens, mas no ato final quando pegou o fogo, ele chegou em questão de minutos do outro lado da selva? E, aquela faísca que caiu no chão seria responsável por causar um incêndio tão grande e tão rápido? O filme acaba pecando nessas partes. Poderia ser melhor dosado com agilidade no enredo, porque há alguns momentos que podem se tornar cansativo para o publico, mas em outros compensa pois te anima.
Pois bem, esta aí minha breve análise. Não fiz algo mais profundo, pois o filme foi lançado a bastante tempo, então é apenas uma análise da minha visão sobre o filme. Eu assisti a ele sem ter lido nenhuma crítica nem nada, e acabei gostando, porém, não achei um filme tão brilhante. Mas ainda assim, é um dos melhores blockbusters do ano.
Mogli: O Menino Lobo ( The Jungle Bok-EUA-2016) , Duração : 105 minutos
Direção: Jon Favreau
Roteiro: Justin Marks e Rudyard Kipling
Elenco e vozes originais: Neel Sethi, Ben Kingsley, Bill Murray, Idris Elba, Lupita Nyong’o, Scarlett Johansson,Giancarlo Esposito, Christopher Walker.
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