Crítica | Equilibrium

Nos primeiros anos do século XXI aconteceu a 3ª Guerra Mundial. Aqueles que sobreviveram sabiam que a humanidade jamais poderia sobreviver a uma 4ª Guerra Mundial e que a natureza volátil dos humanos não podia mais ser exposta. Então uma ramificação da lei foi criada, o Clero Grammaton, cuja única tarefa é procurar e erradicar a real fonte de crueldade entre os humanos: a capacidade de sentir, pois há a crença de que as emoções foram culpadas pelos fracassos das sociedades do passa.

A história se passa em um futuro distópico, após uma terceira, e destruidora, guerra mundial. A sociedade é controlada por um regime totalitário, que obriga a população a tomar uma droga chamada Prozium que anestesia emoções, prevenindo tensões sociais. John Preston, o protagonista, é um membro da instituição que mantém a ordem e para de tomar o remédio.

“O Pai”, como é denominado o grande líder dessa nova sociedade, tem à sua disposição uma droga que deve ser injetada diariamente no organismo de todas as pessoas (por lei), para inibição de qualquer tipo de sentimentos. Os humanos passam a agir como robôs, mas ao menos estão livres dos piores males da humanidade, principalmente das guerras. Além disso, tudo que desperta qualquer tipo de emoção ou sentimento é terminantemente proibido no mundo de Equilibrium: arte, música, amor…

Equilibrium tem um plot que faz a gente imediatamente se lembrar de 1984, Admirável Mundo Novo, Fahrenheit 451 e outros filmes e livros sobre futuros distópicos e Estados totalitários. Existe comparação pelo visual dos figurinos e pelo estilo das artes marciais nas cenas de ação . Mas ao contrário de Matrix onde a luta marcial é ensinada a Neo como forma de controle mental para superar a ilusão daquele mundo virtual, em Equilibrium é uma ferramenta de controle militar. As lutas marciais usadas pelos oficiais de elite da lei os Grammatons ou “sacerdotes”, como são designados no filme, são muito mais do que instrumentos para exterminar os “ofensores”. Elas precisam envolver autocontrole corporal e mental, princípio do controle dos sentimentos desta sociedade.

Os efeitos visuais são escassos e bem artificiais em alguns momentos, usados em sua maioria para recriar uma metrópole futurista. O filme passa-se a maior parte do tempo em ambientes internos, o que faz com que eles não incomodem muito os espectadores mais exigentes nesse requisito, isso se deve ao baixo orçamento . O filme conta ainda com uma trilha sonora bastante inspirada, que dá um clima melhor para as cenas de ação e tensão. Não chega a ser uma trilha memorável, mas boa o suficiente.

Christian Bale fez um excelente trabalho, muitos desconhecem que o ator atuou neste filme, nesta época o ator não estava em alta na mídia. Um dos motivos que você deveria assistir também seria justamente pelo  ator , consegue convencer tanto nas cenas de ação quanto nas de drama.

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