Dredd é um daqueles filmes baseados em HQs, a exemplo de Deadpool, de baixo orçamento mas com ótima qualidade, escrito por Alex Garland e dirigido de forma competente por Pete Travis, o filme de 2012 infelizmente arrecadou 41 milhões de dólares, quantia que sequer cobriu o orçamento de 45 milhões de dólares.
Sinopse
Apenas uma pequena faixa dos EUA, entre Boston e Washington encontra-se livre da radiação, Megacity 1, uma cidade de oitocentas milhões de pessoas, devastada pela criminalidade. Para manter a ordem e algum resquício de civilização, a Corte da Justiça, composta pelos Juízes é responsável por caçar, julgar, condenar e executar sumariamente os acusados. Para tanto, os juízes devem ser implacáveis e imparciais.
O Juiz Dredd (Karl Urban), recebe a incumbência de acompanhar e avaliar por um dia, a aspirante a Juíza Cassandra Anderson (Olivia Thirlby), prestes a ser reprovada por falta de aptidão, mas recebeu uma ultima oportunidade de mostrar seu valor, uma vez que possui poderes sensitivos. Assim, Dredd é chamado para investigar três mortes em um edifício de 200 andares controlado por Ma-ma (Lena Headey), a chefe de uma ampla rede de criminosos que domina o edifício. Dredd e Cassandra acabam prendendo Kay, o traficante suspeito de escalpelar e jogar três pessoas do alto do prédio. Temendo que Kay divulgue informações sobre uma nova droga prestes a entrar no mercado, Ma-ma ordena o fechamento imediato do prédio e coloca um preço pela cabeça dos Juízes, que agora devem tentar permanecer vivos e encontrar uma forma de sair desse verdadeiro inferno.
O roteiro do filme é tão simples quanto o roteiro de um jogo de vídeo game e se resume a matar quem aparecer e seguir em frente, mas não é isso que o tornará desinteressante, pelo contrário, sem enrolar nenhum segundo, o diretor Pete Travis já joga ação na tela com uma perseguição em alta velocidade, onde Dredd se mostra implacável e linha dura, naquele estilo dos filmes de ação dos anos 80 e 90. Olivia Thirlby é competente em demonstrar a insegurança de Cassandra Anderson ao acompanhar Dredd corredores afora sob fogo cruzado, Karl Urban entrega um Juiz Dredd muito bem caracterizado e não tenta inventar a roda, é um sujeito bruto, de poucas palavras e muita presença. A vilã Ma-ma, interpretada por Lena Headey, bem, sendo a Lena Headey, não há o que criticar, como sempre fazendo ótimo trabalho, neste filme como uma ex-prostituta com uma enorme cicatriz no rosto que se tornou a chefe suprema de uma horda de bandidos.
Os efeitos especiais são muito bons de acordo com a proposta do filme, tudo é muito bem caracterizado, Megacity 1, que teve cidades africanas e europeias como locações ficou com uma ambientação maravilhosa. O diretor parece gostar bastante do artifício Slow-motion e seu uso é recorrente, mas não chega a incomodar. O diretor não economiza na violência, frequentemente pessoas tem suas cabeças arrancadas por headshots , caem do 200º andar do prédio e viram pastel no patio do prédio. Esse excesso de violência foi duramente criticado na época, como diz o ditado, “não dá para agradar a todos… “
Quem conhece minimamente as HQs de Judge Dredd, ficará um pouco desapontado pela falta de uma pegada mais satírica, característica do personagem, mas nada que desabone o filme, que é extremamente divertido. É difícil entender o insucesso na bilheteria, talvez pela falta de um nome de peso maior que o de Karl Urban, que a propósito deu conta do recado. Existe um filme de 1995 estrelado por Sylvester Stallone (Judge Dredd), muito contestado, vale assistir por curiosidade (se conseguir…).
Mais uma recomendação para vocês, espero que gostem! E boa notícia, o filme está disponível na Netflix! Se você já assistiu, deixe nos comentários a sua opinião, se não assistiu, assista que não vai se arrepender!
Até a próxima amigos!
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