Lista | Os 10 piores Vingadores de todos os tempos

Não é de desconhecimento nenhum de um fã de HQs de que o filme dos Vingadores ajudou a alavancar a popularidade dos heróis mais poderosos da Terra. Mas sabemos que normalmente as equipes não possuem membros permanentes e vira e mexe, alguém sai da equipe e outro ou outros entram no lugar, de forma que a equipe sempre se renove. Mas nem sempre essas mudanças são positivas.

Desde a sua primeira aparição em 1963, 84 super-heróis em algum momento do tempo entraram na equipe e como de praxe, alguns ficaram marcados por passagens ruins. O website Comics Bulletin publicou um artigo no qual, segundo a opinião de seus colaboradores, são listados os  Piores Vingadores de Todos os Tempos e você vai conferir aqui quais são eles:

10: Triatlo

Triatlo com certeza foi uma adaptação do cult 3D-Man, mas o roteirista Kurt Busiek achou que o nome 3-D Man estava ultrapassado demais e resolveu nomear seu novo herói como uma modalidade esportiva, fazendo os corações dos comentaristas de esportes baterem mais forte, mas os de ninguém mais. Triatlo, ou Trixie, como eu gosto de chama-lo, poderia ter representado o começo da decadência dos codinomes de super-heróis. Não demoraria muito para que outro roteirista, talvez o próprio Busiek, criasse um personagem chamado 300 metros rasos ou arremesso de peso. Pelo lado bom, se esperássemos o suficiente, alguém poderia criar um time de heroínas chamado “Vôlei de Praia Feminino”.

Felizmente, Busiek não conseguiu dar início a uma nova tendência, mas ainda assim nós tivemos que engolir a presença do Triatlo na equipe, e se o objetivo de Busiek era mostrar que pessoas negras podem ser tão irritantes quando pessoas brancas, parabéns! Igualdade racial conquistada. Triatlo era o rei de todos os idiotas, como um mala presunçoso e hipócrita, Trixie nunca falou uma única palavra que não irritasse, seus diálogos eram egocêntricos e o pior de tudo: ninguém dos Vingadores havia o chamado para a equipe.

Além de babaca, era um super-penetra! Além disso, Trixie realmente nunca teve nada com o que se orgulhar, ele tinha o poder do três: Tinha a força, a velocidade e a energia de três homens. (Nooooooossa). Estou tremendo de medo!! Isso não é nada impressionante em um mundo de super-heróis como Thor, Homem de Ferro, Capitão América ou até mesmo Mercúrio, que até o surgimento de Triatlo aparentava ter a super velocidade mais lenta dos quadrinhos. Triatlo parecia um poodle recém tosado latindo entre um monte de Dogues alemães e Dobermans. Realmente se você queria odiar um personagem sem parecer um hater, o Triatlo fazia o favor para você.

9: Mulher-Invisível

Não meu caro, você não se confundiu. Durante algum tempo, alguns membros do Quarteto Fantástico, também foram membros dos Vingadores. A mulher invisível começou no Quarteto Fantástico como a “mais inofensiva” do grupo mas com a evolução de seus poderes, ela começou a criar campos de força invisíveis e tornou-se formidável. Um de seus campos de força já deu conta do Hulk, e Susan Storm Richards é sem dúvidas, uma heroína creditável. Ainda assim, as pessoas tinham que ter coçado a cabeça quando ela entrou nos Vingadores.

Ela não é, na minha opinião, a pior Vingadora. Ela simplesmente não foi uma Vingadora de forma alguma, na sua passagem da equipe ela parecia ser um membro inferiorizado do Quarteto Fantástico e estava lutando contra inimigos ridiculamente abaixo de seu nível.

Sue e Reed enquanto lutavam ao lado do Capitão América, Thor e Gilgamesh (Quem?) enfrentaram vilões “terríveis” como a Babá, o Fabricante de Órfãos, Supernova (Uma versão gigante do Nova que vem de Xandar) e os temidos parasitas cerebrais. Ela nunca brigou com ninguém grande, a não ser que você conte o Homem Crescente, e eu certamente não conto.

Se Sue tivesse enfrentado alguns vilões clássicos dos Vingadores, como Ultron, Kang, Loki, Attuma ou os Mestres do Terror, ela poderia ter ganho alguma credibilidade. Ao invés disso, ela estava empacada com a Babá e o Fabricante de Órfãos. Aposto que você pensou que eu iria escrever “a Babá e o Professor”. Eu resisti. Para ser um Vingador, seus adversários precisam reconhecer você como um vingador, e francamente, os inimigos com quem Sue lutou não reconheceriam um vingador nem se um grupo completo deles chutasse seus traseiros.

8: Wolverine

Wolverine não deveria ser um vingador. Simples assim. Len Wein utilizou muito estilo para criar nosso pequeno e furioso canadense, mas todas as coisas que fazem de Wolverine um excelente personagem, acabam por fazer dele um péssimo Vingador. Wolverine é um lobo solitário, não é de se unir a outros personagens, a não ser pelo laço genético que ele compartilha com seus companheiros mutantes dos X-Men, ou temporariamente e por grande necessidade como já aconteceu no passado. Wolverine não “luta contra o crime” como ele cuida dos próprios negócios, muitas vezes sujos, protegendo a si mesmo e a aqueles pra quem ele liga.

O mundo de Wolverine é cheio de vingança, “honra do submundo” e sombras escuras iluminadas apenas por placas de neon e lampejos de metal. Wolverine não deveria sorrir para seu cartão de identificação de vingador, passear num Quinjet pilotado pelo Capitão América, trocar gracejos com o Gavião Arqueiro ou reclamar em voz alta que Jarvis não está preenchendo a geladeira com cerveja suficiente. Wolverine não deve ser membro dos Vingadores assim como ele não deve ser membro do Quarteto Fantástico.

Mas espera aí! Wolverine já foi um membro do Quarteto Fantástico! Entre as edições #347-349 da revista O Quarteto Fantástico, o time foi brevemente composto por Wolverine, Motoqueiro Fantasma, Homem-Aranha e Hulk. Essas quatro edições foram engraçadas e com humor irônico, desenhadas pelo incomparável Art Adams, e foram reconhecidamente um truque publicitário. Bem na capa eles trocaram o slogan de longa data do Quarteto Fantástico: “A melhor revista em quadrinhos do mundo” por “A revista em quadrinhos mais comercial do mundo”. E aí é que está.

Aumentar as vendas é a única razão de colocar o Wolverine em revistas de qualquer outro grupo que não seja os X-Men. A Marvel sempre teve o mau hábito de resolver as coisas assim. Quando uma revista está em crise, ao invés de focar no aumento de qualidade da publicação, eles enfiam Wolverine lá para um aumento rápido nas vendas: Em Agentes da Shield, Marvel Apes, Skrull Kill Crew e até mesmo em Quarteto Futuro ocorreram aparições. Não importa se a história faz sentido, não importa se a integridade do personagem foi comprometida, tudo o que importa é que a Marvel ouve o “cha-ching” da caixa registradora cada vez que Wolverine aparece. Infelizmente, esse “cha-ching” é só um pequeno ganho a curto-prazo comparado a perda do carinho acumulado por um personagem/franquia. Cada lampejo das garras dissolve o personagem, até que que as aparições de Wolverine não sejam nada além de uma piada.

Suponho que algum argumento possa existir para mostrar que quando Wolverine se juntou aos Vingadores haviam circunstancias extremas, e pode-se até dizer que ele nunca foi um membro adequado dos Vingadores. Ele foi membro dos Novos Vingadores, dos Vingadores Sombrios, mas nunca realmente um vingador de carteirinha. Ele nunca teve um quarto na mansão ou uma cartão de identificação da equipe (embora ele tenha voado em um Quinjet pilotado pelo Capitão América). Mas com o início da era heroica, lá no início da década, onde houve o regresso ao fundamental, onde heróis voltavam a ser heróis e as histórias passaram a ser menos angustiantes e mais divertidas, o roteirista Brian Michael Bendis anunciou sua nova formação de Vingadores com lá, bem presente, do lado do Capitão América e embaixo do Homem de Ferro, quem? Wolverine.

7: Capitã Bretanha (Coração de Leão)

O Capitão Britânia original, Brian Braddock, teve a chance de escolher entre duas fontes de poder: o amuleto de direito ou a espada do poder. Brian escolheu o amuleto e começou uma longa carreira como um adorado, se não sempre, independentemente bem sucedido, herói. Então é lógico que alguém gostaria de ver o que aconteceria se alguém escolhesse a espada. Não tem importância de que a espada apareceu várias vezes nas histórias do Capitão Britânia, ficou incrivelmente claro de que era a escolha errada, um objeto de morte e destruição que deveria ser evitado por todas as pessoas sensatas. Eles eventualmente escreveram essa história em New Excalibur com o personagem Albion, que virou, como esperado, um lunático assassino. Mas antes disso, Chuck Austen havia tentado…

Kelsey Leigh era uma mãe solteira que estava no lugar errado na hora errada, tendo sido morta defendendo seu filho dos capangas de Morgana le Fay disfarçados como a Gangue da Destruição. Mas a morte não foi o final para ela. Kelsey acordou em Avalon, onde ela teve que fazer a escolha que Brian teve que fazer antes dela. Escolhendo a espada e se transformando na nova Capitã Bretanha, Kelsey ajudou os Vingadores a derrotar a falsa Gangue da Demolição, e como resultado foi convocada para participar da equipe.

Foi tão longe porque é boa, certo? Não. Porque o roteirista era Chuck Austen, um escritor que fazia Bendis parecer um William Shakespeare corado. Como se Kelsey não tivesse problemas suficientes, levando em consideração ser morta e tudo mais, ela ficou psicologicamente sobrecarregada depois de uma tentativa de estupro em sua história de fundo, pois na visão de Austen, todas as mulheres que participam de suas histórias ou são mães ou objetos sexuais, já que aparentemente é pra isso que elas servem (na visão dele). Como parte do acordo que deu a Kelsey seus poderes, ela também teve que esconder sua ressurreição de seus filhos “órfãos”, escondendo a identidade sob uma máscara; Por que isso tem que ser assim e por que Brian nunca teve esse mesmo compromisso? Nunca foi explicado. O acordo também nunca disse que ela não poderia interagir com os filhos, e ainda assim foi como as coisas aconteceram. Porque é mais angustiante assim, obviamente. Digno de uma novela mexicana.

Mas tudo bem, porque Kelsey estaria morando em Nova York com os Vingadores, e seus filhos estariam de volta na Inglaterra, logo não seria um problema, certo? Errado! Os Vingadores decidiram que era melhor que os filhos dela ficassem morando na mansão, embora os heróis mais poderosos da Terra não fizessem a mínima ideia da conexão entre a nova Capitã Bretanha e as crianças. Porque é mais angustiante desse jeito, óbvio. Também tem o pequeno problema de que os poderes do Capitão Britânia estavam, antes de que Paul Cornell viesse, ligados as ilhas Britânicas, fazendo com que morar em Nova York deixasse Kelsey efetivamente com menos poderes. Isso não teve nada a ver com angústia, foi só uma grande estupidez.

Pra finalizar, a criação de uma versão feminina do Capitão Britânia provou ter sido desnecessária e sem sentido. Ela recebeu seus poderes de Brian porque ele precisava descarregá-los antes que Morgana usasse-os contra ele próprio. Só que, como vimos, ele manteve seus poderes da mesma maneira, então haviam dois capitães britânia correndo por aí, sem nenhuma necessidade ou ânsia de usar o novo nas histórias, e ela foi logo chutada do time, na saga Vingadores: A Queda. Então, no final, esse personagem horrivelmente mal construído, um zumbi sobrecarregado de angústia, foi criado para nada.

6: Homem de Ferro (adolescente)

Quem lia quadrinhos nos anos 90 foram testemunha do que pode ter sido o pior período da Marvel Comics. Roteiros desleixados combinados com artes mais desleixadas ainda, saindo dos escritórios onde cansaço e editores sobrecarregados eram a norma, e o Tony Stark adolescente é um excelente exemplo de quão errado um ditado pode ser: “Pior que tá, não fica”? ok, tá certo.

Estreando em uma edição cara e com a capa chamativa do evento one-shot, Avengers: Timeslide (Graças aos atrasos da Abril, não foi publicado no Brasil), o Tony adolescente foi criação do então editor chefe Bob Harras. Para ser justos, temos que dividir a culpa uniformemente; Harras teve como cúmplice em seu crime contra os leitores, o co-escritor Terry Kavanagh, e nada mais nada menos do que seis desenhistas e dois arte-finalistas para uma revista de 48 páginas.

Para poupar o esforço e os dois dólares que iriam lhe custar para ter o arco completo de histórias do Tony adolescente (As já mencionadas Avengers: Timeslide, Iron Man #326 – #332, Avengers #395 – #402, e diversas outras porcarias), vou resumir o roteiro de melhor forma que eu puder: O Tony adulto é mentalmente controlado por Kang / Immortus, mata as vilãs reabilitadas Jaqueta Amarela (Rita DeMara) e a babá de Crystalis, Marilla. Então, como os Vingadores resolvem lidar com a situação? Aposto que nenhuma das suas respostas foi viagem temporal! Eles recrutaram um Tony Stark adolescente de uma linha de tempo paralela, então o Tony adolescente rouba uma armadura, e no confronto final, o Tony adulto sacrifica sua vida para derrotar Immortus, então a versão adolescente é sugada para o universo compacto com o resto dos Vingadores e o Quarteto Fantástico.

Sorte que isso não durou muito tempo, já que o ”Pirralho de Ferro” seria varrido do mapa durante os eventos da saga Massacre e em Heróis Renascem, vimos um ”reboot” nas histórias do Homem de Ferro. Quando a história terminou, Franklin Richards levou os heróis de volta para o universo 616 e um Tony adulto que tem todas as memórias do Tony original, do Tony adolescente e do Tony da Terra Paralela emerge. E nem me pergunte como isso é possível, porque nem a própria Marvel conseguiria te arrumar uma resposta sincera.

Agora, leia essa frase mais uma vez: Os Vingadores recrutaram um Tony Stark adolescente de uma linha de tempo paralela. Por que? Isso não faz nenhum sentido. Eu não vou nem tentar racionalizar isso. Deploravelmente mal escrito e com péssima arte, tem como existir algo pior do que o Tony adolescente?

5: Senhor Fantástico

Ter Reed Richards nos Vingadores parece uma ideia brilhante, né? Sem dúvidas, o cara mais esperto do Universo Marvel – e um líder nato – seria uma incrível aquisição para o time, que na época estava passando por um período de turbulência, Reed poderia ser uma adição sólida para um time com deficiência em várias frentes. Mas as vezes as melhores intenções podem dar ré no quibe, como foi o caso de Reed como um vingador. Vamos dar uma olhada em porque a inclusão de Reed foi um erro e porque ele merece o título de um dos 10 piores vingadores de todos os tempos.

De volta ao final dos anos 80, os Vingadores acabaram de passar por um período onde o time foi dissolvido por um tempo breve, porém, as pessoas sempre precisaram dos Vingadores, então uma nova equipe foi convocada e posta em ação na edição #300. Quando olhamos para trás, vemos que essa equipe não era nenhuma maravilha, por isso durou tão pouco. Como líder nós tínhamos Steve Rogers que estava lá por ser o Capitão América, assim como Thor; uma base sólida para qualquer equipe e fiel aos Vingadores há muito tempo. O problema foi a inclusão de três das piores induções no time, a Mulher Invisível, Gilgamesh, o esquecido, e Sr. Fantástico. O que resultou numa equipe que se destacava na ineficiência.

Quando os Richards estava em uma “semi-aposentadoria” do Quarteto Fantástico era só uma questão de tempo antes que voltassem mais uma vez a vida de herói, só que ao invés de voltar para o Quarteto Fantástico, que desde então havia se mudado, eles se juntaram a nomes como Steve Rogers e Thor. A lua de mel proverbial não durou muito tempo, pois a propensão de Richards a liderança o colocou muitas vezes em conflito com o Capitão América, e também não ajudou no entrosamento de uma equipe na qual já estava faltando química. Entre problemas pessoais e a já mencionada disputa com Steve Rogers, não foi nenhuma surpresa o fato de que os cinco heróis foram a menor e mais mal escolhida formação da história dos Vingadores e também mostrou que Reed pode ser um grande líder, mas um péssimo seguidor e definitivamente um dos piores Vingadores de todos os tempos.

4: Sentinela

Alguns vão chiar, outros aprovarem, mas não adianta negar um fato consumado: Ninguém, nem mesmo seu próprio criador, achou uma forma convincente de escrever este personagem desde o fim de suas primeiras minisséries. Um verdadeiro reboot em forma de personagem, ele tropeçou na era Bendis, sempre correndo pra bem longe das boas ideias da primeira saga e pra cada vez mais perto de uma auto-paródia. Uma piada ruim sobre um conceito que deveria ter sido morto muito antes da tempestade de ideias onde O Cerco foi embriagadamente desenhado em um guardanapo. Com giz.

Há uma teoria de que a origem confusa e contraditória e a inutilidade quase cômica desse clone mal feito do Superman são sinais de um grande experimento satírico. A teoria é de que O Sentinela é um escárnio do conceito de Super-herói, uma piscadela depreciativa para o leitor, como se os roteiristas estivessem dizendo: “Ei, nós sabemos que tudo isso é bobo.” Qualquer coisa é possível em um universo infinito, mas essas alegações me parecem ser exercícios em nível olímpico, sem nenhum embasamento, e eu não vejo nenhuma evidência que mostre que essa bobagem sem sentido é algo além do que parece ser. As vezes um conceito subjugado e sem futuro é só um conceito subjugado e sem futuro.

É péssimo que um personagem mal construído e sem sentido tenha ocupado tanto espaço nas revistas dos Vingadores recentemente, mesmo com vários títulos sobrando nas prateleiras toda semana. O personagem estragou arcos inteiros com seu miasma de inutilidade, mas esse não foi o maior crime que ele cometeu contra os maiores heróis da terra. Não, a pior falha do Sentinela foi um resultado direto da cegueira do “gênio” que resolveu traze-lo de volta para uma posição de destaque, criar um Superman para o universo Marvel; é difícil para a cláusula principal da missão dos vingadores (“formados para lutar com inimigos contra quem nenhum herói sozinho poderia”) fazer sentido quando esse herói não só existe, como faz parte do time. Sua presença prejudica toda a lógica da equipe, de uma forma da qual nem heróis como Thor fazem, e é por isso que o Sentinela é um dos piores vingadores de todos os tempos.

3: Doutor Druída

Minha primeira edição dos Vingadores foi a #221 (1982). Na época eu era novo no mundo dos quadrinhos, e estava tentando descobrir do que eu gostava, eu não sabia muito sobre os Vingadores, mas aquela edição tinha na capa dois personagens de quem eu gostava (Wolverine e Rom: o cavaleiro do espaço, se você quer saber) então eu decidi dar uma chance a eles. Eu escavei e gastei muito dinheiro comprando edições antigas dos Vingadores até ter um conhecimento sólido sobre eles e ser um fã “certificado”.

Minha última edição de Vingadores foi a #285 (1987). A razão: Dr. Druida.  Foi uma conclusão particularmente triste para o que havia sido uma história fantástica. Começando com Avengers #270, a quarta encarnação dos Mestres do Terror reuniu seus membros, fechando cerco com êxito à mansão dos Vingadores, quase matando Jarvis e terminando com a morte do Barão Zemo na edição #277 quando ele preferiu morrer a aceitar a ajuda do Capitão América. Isso é meio pesado para uma criança, e eu fiquei impressionado. Talvez até mesmo um pouco emocionado.

Mas de alguma forma, no meio de todas essas coisas legais, um personagem de quem eu nunca havia ouvido falar, chamado Dr. Druida, entrou na briga. Ele estava tentando ajudar o Blackout, mentalmente confuso a se livrar do controle de Zemo, mas acabou matando ele com uma hemorragia cerebral. Mesmo fazendo essa grande merda, Dr. Druída foi de alguma forma convidado a integrar os Vingadores. E isso foi o fim.

Eu detestei Dr. Druída. Ele parecia Frasier Crane enfiado em um saco de cadáveres vermelho. Seus poderes eram ridículos, some algum tipo de poder baseado em ioga envolvendo artes marciais e hipnose. Eu tentei relevar esses problemas, mas se eu me lembro corretamente ele tinha uma “super hipnose” seu caminho para a equipe, então tentou fazer sexo com algumas das Vingadoras (nada fácil quando você parece Frasier Crane enfiado em um saco de cadáveres vermelho. Que é provavelmente o principal motivo de ele ter dado seu showzinho com “super hipnose”), e até mesmo tentou ser o líder dos Vingadores. Mais tarde me falaram que na verdade ele estava sendo mentalmente controlado por uma versão feminina de Kang o Conquistador chamada Terminatrix, mas eu não continuei comprando para descobrir.

Eu não sei como Roger Stern fez isso. Ele conseguiu fazer uma transição instantânea de uma das melhores histórias dos Vingadores que eu já li, pra me deixar tão enojado que eu parei de comprar a revista algumas edições depois. Por que diabos ele pensou que o Dr. Druída seria um bom Vingador? Eu posso imaginar ele integrando os Defensores, uma equipe que sempre tem lugar para personagens excêntricos, mas sua presença nos Vingadores maculou toda a saga, e, pelo menos para mim, nunca se recuperou.

2: Gilgamesh

Em um mundo onde tínhamos um deus de uma mitologia nórdica, um semideus da mitologia grega e vários elementos mágicos retirados de alguma mitologia de alguma cultura vinda da antiguidade, não era de se espantar o seu título: Gilgamesh, o esquecido. É sempre um problema usar roupas pesadas ou roupas apertadas, quando lutando contra hordas de monstros ou homens de lava… todos nós sabemos isso. E, ei, se você for um eterno com uma estrutura molecular capaz se remodelar a vontade, porque se proteger com armaduras de ferro e tudo mais?

Mas as pessoas não entendem isso quando elas veem Gilgamesh, o eterno esquecido e primeiro matador de monstros na história dos homens. Não, tudo o que elas veem é um homem crescido lutando quase pelado ao lado dos poderosos Vingadores, tendo uma fralda GG como única peça de uniforme.

Gilgamesh foi, junto com quatro outros grandes heróis do universo Marvel, como Thor, Capitão América, Sr. Fantástico e a Mulher Invisível, responsável por manter o legado dos Vingadores vivo, coisa que Vingadores renomados como Mulher Hulk, Cavaleiro Negro ou Dr. Druída falharam em fazer. Ele veio da Terra de Olympia, cidade dos Eternos, só para ajudar o mundo contra uma invasão de demônios, sem nem mesmo ter um nome. Isso foi antes da dupla Walt Simonson-John Buscema (ambos grandes fãs de Thor e das mitologias que envolvem várias divindades).

Depois de algumas batalhas com a equipe, Gilgamesh ficou na Terra, sentindo que ao lado de guerreiro como Thor e Capitão América ele estava em casa. De qualquer jeito, assim como os poderes dos Vingadores mutantes Mercúrio e Wanda são ligados a sua terra natal na montanha Wundagore, Gilgamesh precisava estar em sua terra natal, Olympia, para que sua força não desaparecesse.

Os Vingadores só descobriram isso quando ele caiu em batalha para um dos inimigos mais antigos da equipe, o Homem de Lava, e não acordou até que estivesse de volta a Olympia, é isso aí. E, devido a sucessão de eventos, o eterno teve que voltar para casa para curar suas feridas, como aconteceu antes com Hércules, porque na Terra sua condição seria a de um homem em coma. Ele só compôs o time em um breve arco de míseras 11 edições.

De qualquer forma, o cruzamento infame trouxe ele de volta para a mansão dos Vingadores, fraco e moribundo, vítima de uma trama da qual eu não me lembro bem…Gilgamesh, O matador de monstros…você é realmente um verdadeiro Vingador. Quando eles vão olhar além de suas fraldas e enxergar sua alma?

1: Deathcry

Entre os Vingadores já houveram deuses, sintozoides, atlantes, inumanos, e sim… alienígenas. Do império Kree, uma vez seu maior campeão, Mar-Vell, serviu em suas linhas com honra e bravura. Será que o mesmo pode ser dito da Shi’ar Deathcry?

Seguidora da derrotada Rapina, que tentou assumir o controle do império Shi’ar na guerra Kree-Shi’ar, Deathcry foi uma jovem inexperiente enviada a Terra (Sol-3 em Shi’ariano) para ajudar os Vingadores contra o kree renegado, Kree Galen Kor e seu exército.

Deathcry apareceu pela primeira vez na revista #363 dos Vingadores , embora seu primeiro contato com a equipe acontecesse na próxima edição, a #364. Ela parecia ser durona, sempre resmungando sobre como os humanos faziam as coisas, mas eram só aparências (ou quem sabe um personagem ruim com várias inconsistências). Quando ela apareceu, nós estávamos de saco cheio da fase Bob Harras e Steve Epting, e ela parecia outra das distorções estranhas que Harras amava fazer aqui e ali…Mas aí ela veio e se tornou mais uma da equipe dos mais poderosos da Terra.

No início ela parecia flertar com o Visão, até mesmo beijando-o uma noite. Depois disso, ela decidiu permanecer no time, dessa vez apaixonada por Hércules, e sua ira inicial desapareceu enquanto víamos uma Deathcry chorando por estar longe de casa (graças a Deus ela tinha um boneco do noturno!) e se divertindo na piscina, logo antes de…(lá vamos nós…)”The Crossing”(a saga do Tony adolescente) !!!

Depois daquele arco horrível, houve uma delegação editorial para consertar toda a linha de tempo dos heróis Marvel que culminou em Heróis Renascem. Mas mesmo antes disso, Terry Kavanagh e Ben Raab, que estavam escrevendo os Vingadores na época, tomaram a decisão lógica: Deathcry deveria sair. E pra ter certeza de que ela não voltaria, eles a mandaram de volta pra casa, em Chandilar, escoltada por ninguém menos do que o Leão do Olimpo.

O fato é que ela nunca trouxe nada de interessante, apesar das tentativas dos roteiristas. Ela não tinha o que era preciso pra se unir com a equipe da época (Crystalis, Pietro, Hercules, Cavaleiro Negro, Capitão…), ela era só uma guerreira solitária que deveria ter aparecido em somente 3 revistas, e fazer dela uma Vingadora, alguém que não havia provado nada e que nenhum dos Vingadores conhecia, foi a pior coisa que aconteceu no ano do aniversário de 30 anos dos Vingadores.

Autor da lista: Amazing spider Mano

Fonte de pesquisa: Comicsbulletins

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