Não Recomendo | The 100

Meus amigos, costumo recomendar séries, filmes, animes e games que gosto, destrinchando os pontos fortes e até minimizando os defeitos…

Hoje farei algo diferente e “Não Recomendarei”, a propósito, pretendo fazer pelo menos um post por semana não recomendando algo, e colocando os motivos, espero que contribuam ajudando a “não recomendar” ou colocando seus motivos nos comentários refutando os meus argumentos, e consequentemente, recomendando o que não recomendei!

Então, vamos à série!

Esta é uma série que muita gente gosta, sei que posso até apanhar por isso, mas eu não recomendo a série da CW,  “The 100”, mesmo achando que possui ótimos momentos, mas que em um balanço geral, não compensam o tempo que você gastará assistindo, pelo menos na minha opinião!

O plot da série é até interessante, 97 anos após uma terrível guerra nuclear, uma pequena fração da humanidade sobrevive em uma estação espacial orbitando a Terra,  Arca”, estes últimos remanescentes da humanidade, estão sob a liderança do Chanceler Jaha (Isaiah Washington). Os recursos são limitadíssimos e até o ar é racionado. Criminosos com mais de 18 anos podem ser sumariamente executados dependendo do seu crime, lançados no vácuo do espaço, processo que denominam “Flutuação”. Com constantes falhas mecânicas, a sobrevivência na Arca já não pode ser mais assegurada, logo, cem infratores juvenis considerados dispensáveis, são lançados à superfície terrestre com o intuito de verificar e avaliar se a terra pode ser habitada. A primeira temporada começa com a jornada dos cem jovens enviados talvez à morte ou à salvação, em uma expedição de sobrevivência e descoberta de um novo planeta terra pós-apocalíptico!

Atenção, entregarei alguns spoilers mínimos sobre a trama…

A série começa muito bem e até empolga, as crises políticas, o jogo de poder entre Jaha (Isaiah Washington) e Councilman Kane (Henry Ian Cusick), a claustrofóbica sensação de se viver em uma estação espacial com os recursos rapidamente se esvaindo, fazem com que as pessoas estejam sempre enfrentando dilemas éticos e tomando decisões baseadas na lógica e nem tão morais, as circunstâncias transformam atitudes comuns em crimes puníveis com a morte. Por esse motivo, os cem jovens descartáveis são lançados rumo ao desconhecido. A descoberta de um mundo paradisíaco por uma geração acostumada à limitações de oxigênio, água e comida, gera euforia inicialmente, mas logo percebem que a terra não é um lugar hospitaleiro, e a recolonização não será moleza, mas enfim, é melhor tentar do que morrer sufocado no espaço…

Os problemas dessa série, são causados principalmente pela preguiça dos diretores e roteiristas em dar profundidade aos personagens. Inicialmente a serie se limita à disputas por liderança entre a heroína e o marrento, alguns adolescentes cabeça oca que se expõem ao perigo desnecessariamente, ao vilãozinho psicopata, dois emus que desempenham o mesmíssimo papel genérico. Os esteriótipos vão circulando entre todos os personagens, hora um é o marrento, hora outro é o psicopata traidor, hora um terceiro é o cabeça dura. A sensação de déjà vu em todos os episódios e arcos da série é constante, sempre que existe uma crise, já sabemos que os mesmos artifícios serão utilizados, a dificuldade em manter as características e traços de personalidade em um mesmo indivíduo é enorme, apenas a protagonista Clarke (Eliza Taylor) parece manter alguma estabilidade.

A proposta da série é um cenário pós-apocalíptico, mutantes resultantes de longas décadas de exposição à radiação, ruínas de um mundo perdido e jovens inteligentes sendo obrigados a amadurecer e sobreviver sem ajuda dos adultos, mas o que nos é entregue, é a porcaria de uma “Malhação Pós-apocalíptica”, cheia de romances bestas e amebas fazendo idiotices, parece que as bestas gostam de ser capturadas ou morrer de forma gratuita. Não há o choque entre o povo da era tecnológica e o povo das cavernas como esperávamos, os jovens são facilmente subjugados e a humanidade parece não ter evoluído intelectualmente, depois de 97 anos presos em uma estação espacial, voltam à Terra sem conhecimento algum e incapazes de dominar uma tribo de selvagens…

O roteiro é raso, os diálogos são fracos e as situações previsíveis, a primeira temporada termina com um clichê mais velho que o Matusalém (não vou dar spoiler do final, mas…). Não sou daqueles que espera excelência da CW, suas séries são famosas pela profundidade de uma poça d’água, mas esse bando de jovens cansa qualquer um!

Meus caros, coloquei alguns aspectos da série que me fizeram desistir de segui-la, assisti até a metade da segunda temporada. Aos que foram além, e tem argumentos que abonam o desenrolar da série, por gentileza, deixem nos comentários, se você também não gostou, deixe suas ponderações!

Roteiro: Kass Morgan, Jason Rothenberg. Direção: Variável. Elenco: Eliza Taylor, Paige Turco, Thomas McDonell, Marie Avgeropoulos, Bob Morley, Christopher Larkin, Devon Bostick, Isaiah Washington, Henry Ian Cusick, Lindsey Morgan, Richard Harmon, Ricky Whittle, Alessandro Juliani, Sachin Sahel, Genevieve Buechner, Jarod Joseph, Dichen Lachman, Terry Chen, Chelsey Reist, Katie Stuart, Eli Goree. Temporadas: 3 temporadas, 45 episódios com 42 min aproximadamente.

Até a próxima amigos geeks! 

 

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