Crítica | Fringe – A série completa

Fringe uma das séries mais adoradas pelos fãs do gênero de ficção cientifica, estreou por volta de 2008. Ela foi criada por J.J. Abrams (criador de Lost e Alias). Abrams sempre deixou claro ser fã da série Arquivo X e Além da Imaginação e essas séries foram de grande inspiração para série.

Para época em que foi lançada onde poucas séries eram realmente caras, e não tinha tanto engajamento virtual como hoje, para alavancar ainda mais a popularidade das séries. Fringe foi um baita desafio para Abrams, e um investimento caro e arriscado. Muitos estavam com gosto amargo deixado pelo fim de Lost, e ficaram receosos de embarcar na série. Apesar de parecer batida, ter casos semanais e bizarros que Arquivo X já fez um dia, a série tinha seus diferenciais, tanto na estética e criatividade. Tudo mudou após o segundo episódio da primeira temporada, que conseguiu sólidos 13.27 milhões dos americanos.

A série se inicia com Olivia Dunham, sendo transferida para a Divisão de Fringe onde investiga crimes e ocorrências incomuns. E tendo como parceiro o filho do Dr. Walter Bishop, Peter, claramente uma referencia para a dinâmica de Mulder e Scully.

A primeira temporada foca na apresentação dos personagens, estabelecimento, e criando um mundo muito maior para as próximas temporadas, que vão ganhando enredos mais complexos e interessantes. Mas que acabou afastando o grande público fazendo a audiência cair um pouco, estabilizando nos 5 milhões.

A segunda temporada entrou em outros caminhos, nos apresentando conceitos de realidade alternativas, e plot twist muito interessantes. Esta temporada teve alguns poucos problemas, mudaram um pouco a estrutura, e também se tornou mais lenta. Após o final chocante, a série muda de rumo novamente, quase como reboot, no qual notamos bastante na terceira temporada. E que veria acontecer também na quarta temporada.

Dr. Walter Bishop e seu filho Peter tem um relacionamento cheio de altos e baixos, Peter começa distante e vai se aproximando e compreendendo cada vez mais o seu pai. E quanto mais conhecemos Walter mais sombria a série fica. Walter Bishop é o centro criativo de inúmeras experiências bizarras e projetos obscuros do governo antes de ser enviado para instituições mentais.Ele vai se redescobrindo e se redimindo de seus pecados passados. Olivia Dunham é motivada pela necessidade de encontrar a verdade e fazer o que é certo, e mais tarde pelos relacionamentos que ela forma com Peter e Walter, ela vai se tornando o par romântico do Peter, apesar de bem fundamentado, a química entre os dois atores não funciona também, e alguns momentos até enche o saco.

Como as histórias focando em realidades alternativas, a série continuou a se transformar, os roteiristas sentiram a necessidade de fazer uma grande mudança no elenco.

Os aspectos técnicos da série são excelentes, de trilha sonora, edição de som, e efeitos especiais tanto práticos e CGI. Foram muito bem investidos, e pelo tempo que a série foi lançada continuam bons. JJ Abrams fez um ótimo trabalho, ao nos oferecer esse tipo de drama complexo e cheio de conspirações, projetos secretos e descobertas científicas difíceis de acreditar.

A série finalizou no auge, abrangendo cinco temporadas. Fringe começou como uma série procedural ambiciosa, e a medida que as temporadas progrediam e os personagens começaram a se tornar tridimensionais e críveis, a série evoluiu para se tornar uma visão do abismo das consequências, onde as repercussões de nossas escolhas se tornam aparentes.

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