Crítica | How to Get Away With Murder – A série completa

How to Get Away with Murder estreou em 2014 e deu uma bela balançada na TV americana. Estrelada pela atriz Viola Davis como a personagem Annalise Keating, professora de direito na Universidade de Middleton e advogada criminal temida por muitos, rapidamente fisga os telespectadores. A série começa com Annalise selecionando cinco estudantes para trabalhar com ela, sendo eles, Wes Gibbins, Connor Walsh, Michaela Pratt, Laurel Castillo e Asher Millstone.

A série é um procedural com casos na semana, ficamos vendo os personagens resolvendo casos criminais e sendo treinados para escapar de um, daí o título da série. Um assassinato misterioso acontece, e ele pode estar ligado com a morte de uma estudante chamada Lila. Annalize e seu protegido Wes se convenceram de que o marido de Annalise, Sam, matou Lila, embora os telespectadores saibam que não pode ser o caso.

A primeira temporada teve um reviravolta muito interessante no final, que fez o público ficar ainda mais interessado. Nessa teia de aranha cheia de mistérios. E claro devido a vários casos interessantes também. O elenco de coadjuvantes são até interessantes, mas quem carrega a série nas costas é Viola Davis, no qual ficou mais pesada da metade da quinta temporada para sexta e última temporada.

A série soube muito bem trabalhar, preconceitos, abusos, sexismo, diversidade sexual de maneira muito orgânica. Apesar de ter escorregado um pouco na sexualidade da protagonista, ao ficarem relutante em deixar Annalize se identificar como bissexual inicialmente, isso é compensado no final da série. Em vez disso, inicialmente os outros personagens e até ela própria se referem a ela como “confusa” o tempo todo, o que representava alguns aspectos preocupantes.

Muitas vezes, How to Get Away with Murder torna seus personagens mentirosos, manipuladores, trapaceiros, e até assassinos. Mas também dá um passo atrás, e os vê não como suas ações, mas como eles mesmos. São pessoas que fizeram coisas ruins – não pessoas más. A série desafia persistentemente a ideia de que as pessoas podem ser monoliticamente ruins.

Connor é um dos melhores personagens, do elenco de coadjuvantes. O personagem foi o único que permaneceu consistente desde o começo, e que teve um final redondinho. How To Get Away With Murder, mesmo com altos e baixos em suas últimas temporadas, deixou a sua marca.

À medida que os arcos se construíam, eles se tornaram cada vez mais novelescos,acrescentando camadas e mais camadas de corrupção do governo. Isso culminou no julgamento de Annalise, que ocorreu no episódio final. Esta série é uma daquelas que não deveriam ter se arrastado por tanto tempo, demonstrando que você só pode não se dar muito bem, com um conceito como “se livrar de um assassinato” por tanto tempo, sem se perder.

Viola Davis se tornou a primeira mulher afro-americana a ganhar uma atriz principal em um drama Emmy na primeira temporada, quando “How to Get Away With Murder”. E foi graças a ela, que o final da série forneceu uma certa nostalgia de onde começou, mesmo que o enredo do final tenha chegado alguns anos tarde demais para obter um veredicto favorável.

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