Crítica | An America Pickle (2020)

An American Pickle é uma comédia dirigida por Brandon Trost e escrita por Simon Rich baseada em seu conto “Sell Out”. Sendo o primeiro filme original a ser lançado no HBO Max.

O filme é estrelado por Seth Rogen como Herschel Greenbaum, um trabalhador que emigrou para os Estados Unidos em 1920 com o sonho de construir uma vida melhor para sua amada família. Um dia, enquanto trabalhava na fábrica, ele caiu em um tanque de pepinos em conserva e foi deixado em salmoura por 100 anos.

A salmoura o preserva perfeitamente e quando emerge no moderno Brooklyn, descobre que não envelheceu um dia. Mas quando ele procura por sua família, ele se preocupa que seu único parente sobrevivente seja seu bisneto, Ben Greenbaum (também interpretado por Rogen), um programador de computador educado que Herschel nem consegue entender.

Como fica evidente ao longo do tempo, tudo mudou muito e Hershel tem que enfrentar um mundo cheio de contradições das quais não entende muito. O que ele sabe é que quer remover a todo custo um cartaz publicitário que plantaram no meio do panteão da família. Então você decide começar seu próprio negócio de picles para economizar o dinheiro necessário para recuperá-lo e restaurar a honra da família.

Hershel é antiquado, polêmico e desprezível se tentarmos julgá-lo pela perspectiva de 2020, mas ele planta diante de nossos narizes a imensa crise de valores da nossa sociedade, a inconstância das decisões que são tomadas, mesmo no nível institucional e a forma como uma realidade digital alternativa define a agenda na realidade.

Além de momentos específicos engraçados, falta humor o suficiente para ser uma comédia hilariante e não parece estar claro para onde o longa queria ir. O filme vai em todas as direções enfatizando a autocrítica da classe média alta progressista de Nova York e uma certa hipocrisia que também prevalece na direita mais rançosa, propensa a comprar quase qualquer argumento retrógrado populista, mas não sabe como resolver o que vem a seguir, ou pelo menos, fazer uma reflexão humorística que encerre a história. Reflexão sobre valores crescentes hoje e há um século na nossa sociedade e as correntes sociais nos transformaram.

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