Kyle MacLachlan acredita que o filme Duna de David Lynch deveria ter sido uma série de TV em vez de um filme. Tem havido muito debate sobre o assunto com a adaptação de Duna de Frank Herbert para o cinema de Denis Villeneuve chegando no final deste ano. Villeneuve abordará o material de origem ao longo de dois filmes, ao invés de apenas um, que muitos devotos de Herbert consideram encorajador. Com isso dito, ainda existem muitos que estão céticos sobre o projeto.
Qualquer entrevista atual com Kyle MacLachlan vai trazer à tona a conversa sobre Duna.
“Meus sentimentos sobre isso evoluem com o tempo. Eu vejo isso como uma joia com falhas. É impressionante de muitas maneiras”, diz ele. Concordando com os pensamentos recentes de Alejandro Jodorowsky, MacLachlan acha que é praticamente impossível colocar a história na tela.
“Como uma história, e tentando recriar essa história, é quase impossível. É incrivelmente denso e um pouco como um castelo de cartas”, diz ele. No final, o ator acredita que uma série de TV teria funcionado melhor agora, e para a opinião de David Lynch sobre o material. MacLachlan explica.
“Eu faria lobby por três ou mais filmes, porque tem esse tipo de potencial para realmente se abrir. Na minha imaginação, sempre achei que seria ótimo abordá-lo como um modelo de Game of Thrones , onde você tem temporadas, ou pelo menos uma série de 10 partes, ou uma série de 12 partes. Você realmente poderia ir do começo ao fim. “
A quantidade de personagens em Dune sempre foi parte do problema na hora de adaptar, ou mesmo ler o material original. Como Kyle MacLachlan observa, há muita coisa acontecendo dentro de todos os personagens e não há muito tempo para apresentar cada um de uma forma que seja fiel ao livro
“Há um misticismo que é difícil de capturar em filme … Isso, combinado com uma história direta e personagens que são realmente bem criados. Eles são pessoas plenas e você quer passar tempo com cada um deles. E isso consome seu tempo de filme. É um verdadeiro quebra-cabeça . São tantos os elementos que você precisa reunir. Lembro-me de que, quando comecei a ler o livro, eu chegava à página 50 ou 60 e depois ter que voltar ao início apenas para colocar todos os atores no lugar. Há tantos relacionamentos que são importantes para entender e saber. Para manter as histórias de cada um deles para que o público possa se lembrar, é só quase impossível.”
Fonte: IndieWire
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