Crítica | Antebellum – A Escolhida (2020)

Antebellum – A Escolhida é um filme escrito e dirigido por Gerard Bush e Christopher Renz estrelado por Janelle Monáe.

O longa conta história de Eden, que é uma mulher que vive como escrava colhendo algodão nos campos da Louisiana enquanto tenta escapar de seus chefes abusivos. Veronica Henley se encontra presa em uma realidade aterrorizante cujo mistério deve ser resolvido antes que seja tarde demais, pois os fantasmas do passado da era imediatamente anterior revivem para a Guerra Civil Americana.

O nível de qualidade do longa em termos de produção é indiscutível: a trilha sonora que torna a longa sequência de abertura avassaladora, a fotografia cuidadosa, a encenação que procura “enganar” o espectador. De forma que nenhum elemento substancial da execução do filme seja posto em causa.

Se você conseguir não captar as reviravoltas do roteiro e ter paciência até chegar à primeira delas, que ocorre após o primeiro terço do filme, começa uma montanha-russa em que é preciso recompor os fatos para entender para onde vai a história e no último terço.

Antebellum tem seu calcanhar de Aquiles, que infelizmente é o roteiro, um pouco maniqueísta, mas é extremamente panfletário , pela brutalidade a que atinge (principalmente em um momento de tensão tão extrema quanto aquele que vive hoje nos Estados Unidos com protestos pós a morte de George Floyd).

Se a analisarmos como uma experiência cinematográfica, não há dúvida de que é arriscada e original. Se você conseguir não antecipar as reviravoltas do roteiro e ter paciência até chegar à primeira delas, que ocorre após o primeiro terço do filme, começa uma montanha-russa em que é preciso recompor os fatos para entender para onde vai a história e no último terço ela se desencadeia completamente com uma catarse final extrema e furiosa.

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