Crítica | Akira (1988)

O filme de Katsuhiro Ôtomo estreou há 32 anos, desde sua estreia em 1988, Akira se tornou uma obra prima que continua a fascinar todos os tipos de espectadores e cineastas até os dias de hoje.

Akira se passa em um mundo apocalíptico alternativo, o ano é 2019. Políticos corruptos, seitas religiosas, revolucionários e um projeto de ciência secreta se combinam para causar uma atmosfera explosiva na Neo-Tóquio. Todos os grupos rivais querem controlar Akira, um garoto com estranhos poderes psíquicos, que foi mantido sob custódia criogênica por mais de 30 anos. No meio dessa atmosfera tensa, um jovem médium chamado Tetsuo liberta Akira.

Especificamente no campo do desenho animado, os japoneses como muito sabem são os mestres da animação, e revolucionaram o gênero cyberpunk , desenvolvendo franquias inteiras e todos os tipos de séries e filmes explorando os melhores pontos do gênero. E quando falamos em animação cyberpunk , o filme Akira é certamente um dos primeiros títulos que vêm à mente. Um esmero, com todo trabalho manual, tudo feito a mão, quadros pintados, que impressionam, paleta de cores chamativas.

Akira é uma adaptação de mangá do mesmo nome, que contém 6 volumes, mas Katsuhiro conseguiu compilar de maneira coesa e interessante esses volumes em um só filme. Algo raro, embora as mudanças sejam poucas, parece que foram tomadas com cuidado, para não alterar muito o produto original. Mas infelizmente muitos personagens secundários, que possuem arcos interessantes no mangá acabaram ficando sem desenvolvimento que não levam a nada por causa do formato do filme.

Com certeza uma obra de arte na história da animação, com empenho em trazer um visual incrível que leva ao extremo, tudo de bom sobre anime dos anos 80. Embora a história às vezes seja existencial e um pouco pesada para processar, com enredos que parecem aparentemente a não levar a nada, Akira mais do que compensa com suas cenas de ação deslumbrantes.

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