Crítica | Fate – A Saga Winx (2021)

Finalmente estreou a série original Netflix, que adapta o desenho de grande sucesso Winx. Que inicialmente por algumas escolhas, não agradaram os fãs antigos. Devo dizer que não é um desastre, a série tem potencial.

Com o cancelamento abrupto do Mundo Sombrio de Sabrina, que de acordo com a Netflix a produção teria muitas dificuldades devido a pandemia, entre outros fatores. Fate – A Saga Winx chegou em boa hora para acalantar os fãs órfãos dessa série, falo isso porque o clima escolhido é muito semelhante a esta série. A escolha mais ”madura”, para a temática de fadas pode te deixado alguns com pés atrás, mas não é de todo ruim. As protagonistas escolhidas são a mais conhecida, Bloom, Stella, Musa, Aisha e Terra uma personagem original, porém para muitos ficarem tranquilos, Flora é citada, e ela é a prima da Terra, então podemos esperar a chegada dela na segunda temporada.

A trama começa  em um mundo místico paralelo, a escola Alfea treinou as fadas nas artes mágicas por milhares de anos, mas nunca teve um aluno especial, como a Bloom, que possui o poder das chamas do dragão. Criada no mundo humano comum, ela não sabe de seu potencial mágico escondido. Dentro dela existe um poder que pode destruir os dois mundos ou salvá-los. Para controlá-lo, ela tem que controlar as suas emoções.

E a parti de todo esse plot, envolve emoções das personagens, que já sabemos daquele clichê básico de série teen, elas terão que aprender o poder da união e amizade para que possam enfrentar um grande mal futuramente. Apesar de ter alguns momentos maçantes, a série tem sim seu charme e pode te prender. Existem referencias ao desenho então, ela não é radicalmente diferente do material original. Beatrix, que é uma combinação das Trix, em uma só, não mostrou a que veio o que é uma pena, aparentou ser apenas uma garota obsessiva chata. Os garotos Sam, Riven e Sky outros deslocados, Sky serviu apenas como interesse amoroso da Bloom, e o ator Danny Griffin se mostrou bastante limitado, sendo o melhor desse trio o Riven, o personagem típico ”badboy” que já conhecemos.

A trilha sonora em alguns momentos é interessante, e em outros momentos as músicas são colocadas aleatoriamente, e acabam ficando alta demais atrapalhando os diálogos, um defeito que precisa ser melhorado na próxima temporada. As personagens mais interessantes acabaram sendo a Stella, Aisha e a própria Bloom. Terra apesar de aparentar se o estereótipo da garota gorda deslocada, não é bem isso, ela tem um personalidade forte, e isto achei legal, porém tanto ela e Musa ficaram apagadas diante das demais. Talvez seja um desenvolvimento para temporadas futuras caso tenha.

Os efeitos especiais acabaram não sendo muito utilizados, para uma série do tipo esperava mais ação, apenas alguns momentos legais foram utilizados, e são ok, nada acima da média. Provando que mesmo com 6 episódios, a Netflix deveria ter investindo mais, menos episódios mais chances de termos investimentos em ação, dona Netflix precisa liberar para as meninas.  A fotografia da série está muito bonita, a paleta de cores fortes, chamam a atenção.

No geral é uma série mediana boa, que tem potencial se tiver mais investimento, uma cena final da Bloom deixa o gancho para as outras meninas na próxima temporada. Vão assistir com expectativas baixas, e não esperando uma adaptação super fiel ao original, com mente aberta principalmente, e talvez gostem do resultado final.

 

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