Crítica | Elite – 4ª temporada (2021)

Elite retornou para Netflix,  a série traz um novo mistério da mesma forma que sempre: apresentando um corpo e um inquérito policial que se baseia, inicialmente, numa série de interrogatórios de alunos do ensino secundário.

A vítima em questão é Ariadna (Carla Díaz), filha do novo diretor, Benjamín Blanco , que chega ao centro educacional com a proposta de redirecionar a vida acadêmica dos alunos impondo uma disciplina de ferro e defendendo a excelência pelo esforço. O responsável por dar-lhe vida é Diego Martín, que brevemente verá também na série Movistar + Supernormal .

Seus outros dois filhos também entram em Las Encinas: Patrick e Mencía (Manu Ríos e Martina Cariddi), cada um com seus próprios problemas pessoais e o príncipe Philippe (Pol Granch), herdeiro da coroa de um país da Europa Central. O filho do diretor logo será apelidado de “o mais novo” e virá para explodir a relativa calma que existia entre os alunos. Patrick logo se tornará o ápice de um tortuoso triângulo amoroso no qual Omar e Ander estarão envolvidos e o rebelde Mencía se tornará a nova dor de cabeça de Rebeka.

Existem sequências específicas em que se busca o “efeito Euphoria ” da HBO, embora sem a elegância da produção da original ou um rico subtexto para cimentar um discurso que vai além da morbidez passageira.

Elite não deixa para trás seu discurso de luta de classes com o romance de Philippe e Cayetana (herdeiro e plebeu, um  clichê que já vimos) e a irrupção do novo diretor, um cara que acredita na meritocracia e está disposto a quebrar barreiras entre estratos sociais. Também tenta investigar alguns tópicos interessantes, como o papel das fantasias sexuais no cultivo de relacionamentos de longo prazo ou o imperativo do consentimento não apenas para fazer sexo, mas também para manter a intimidade daquele momento.

Elite traz tudo que os fãs esperam, intriga, sexo e muitas festas. Como sempre, a série tem uma boa fatura técnica, embora às vezes a produção seja desajeitada, tem seus meios.

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