Crítica | Mestres do Universo: Salvando Eternia – Parte 1 (2021)

Com polêmicas gerando envolto desse projeto de Mestres do Universo que anda com a nota despencando no Rotten Tomatoes, devo dizer que os fãs precisam se acalmar essa é a apenas a primeira parte, e optaram por dar destaque aos coadjuvantes, principalmente as personagens femininas, que não é de todo mal. Isso é uma preparação para o próximo arco.

O enredo desta série, produzida pela Powerhouse Animation Studios (que fez Castlevania ), é muito mais adulta que a de Filmation e o subtítulo de “Revelation” não está ali por acaso, dada a surpreendente viragem que dá a partir do primeiro capítulo. Um autêntico festival de personagens (tanto heróis quanto vilões) e veículos que vão trazer mais de uma lágrima para quem tinha os brinquedos nos anos 80 e vai desencadear o consumismo em massa nos busca da linha Origins, que a Mattel vende desde o ano passado.

Para começar, temos o próprio Mark Hamill como Skeletor , Sarah Michelle Gellar como Teela (uma personagem que acaba se tornando a protagonista principal), Lena Headey como Maligna , Alicia Silverstone como Rainha Marlena e Chris Wood como He-Man. Smith também recrutou amigos de seu próprio universo cinematográfico, como Jason “Jay” Mewes, Justin Long, Diedrich Bader, Stephen Root ou Harley Quinn Smith (sua filha). A contratação mais surpreendente é a de Henry Rollins (o líder da banda de hardcore Black Flag) para dar voz a Tri-Klops, um vilão menor no universo MOTU, mas que assume um peso notável na trama da série.

O tom geral da série é surpreendentemente adulto, mas seu nível de violência é mantido sob controle para que jovens e adultos possam desfrutar da série. Mesmo um personagem como Orko , o alívio cômico da série dos anos 80, apresenta uma abordagem surpreendentemente desoladora aqui , embora Smith e sua equipe de roteiristas (incluindo ele mesmo) não tenham deixado de lado o humor, como fica evidente nas referências ao cheiro de pinho que Mossman desprende. A animação é consistente, bastante bonita na fotografia e nos traços, mas não tem lutas tão bem coreografadas como Castlevania possui, o que pode decepcionar um pouco, mas não estraga o resultado final.

O protagonismo nessa primeira parte fica entre Teela e Maligna , duas personagens femininas que não passavam de meras comparsas e que aqui carregam nas costas boa parte da história, sendo Maligna a mais interessante e a melhor desenvolvida. He-Man e Esqueleto de fato só tem destaque no primeiro episódio dessa parte 1, e os demais não posso dizer seria spoiler, mas Esqueleto está bastante fiel a versão original, no humor e atitudes.  O arco narrativo se estende pelos cinco capítulos , que aparentemente consistirá em mais cinco episódios na parte 2.

 

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