Crítica | Caminhos da Memória (2021)

Lisa Joy de Westworld, nos traz uma ficção cientifica criativa. Um longa blockbuster ambicioso que nos leva a viajar a um futuro diatópico em que o nível do mar subiu , inundando cidades inteiras.

Nick Bannister ( Hugh Jackman ) e sua parceira Emily Sanders ( Thandiwe Newton ) possuem uma máquina com a qual podem “extrair” essas memórias de pessoas que os procuram, podendo de revivê-las. Graças a ela, recebem informações de testemunhas nos casos em que colaboram com o Ministério Público, além de proporcionar momentos agradáveis ​​para aqueles que  perderam tudo.

Mas as coisas complicam-se quando aparece Mae ( Rebecca Ferguson ), uma mulher deslumbrante, que tem o pretexto de ter perdido as chaves, pede os serviços de Nick e Emily. Ele se apaixona perdidamente por ela e é por isso que fica arrasado quando ela desaparece de repente. Em um esforço para encontrá-la e entender quem ela é, ele investigará as memórias de vários suspeitos e as dele.

O cenário e a encenação de Caminhos da Memória chamam bastante atenção e como um cyberpunk não poderiamos esperar menos , com contínua homenagens a clássicos da ficção científica como Blade Runner, cuja influência é evidente em muitos momentos.

Ajuda muito ter uma atriz com o talento e charme de Rebecca Ferguson, uma femme fatale vestida de vermelho e com cabelos ruivos como Jessica Rabbit, que vem virar a vida do protagonista de cabeça para baixo a partir do momento em que põe os olhos nele para o primeira vez. Lisa Joy procurou deixar um estilo ala novela, deixando pouco espaço para a naturalidade, mas certamente parece uma decisão sábia para o tom perseguido de mistério, sensualidade e perigo iminente.

Já a trilha sonora, careceu muito, em momentos que poderia ter levado tensão. E acaba sendo esquecível, nada marcante.  Em relação ao enredo, o roteiro leva algumas licenças discutíveis, mas funciona no geral. No qual nos traz duas maneiras de viver,  em ciclo constante de memórias ou continuar criando novas. O futuro ainda pode ser definido, e o que foi vivido pode ser encapsulado.

Para aqueles que amaram filmes como Blade Runner ou Dark City, do genero cyberpunk irão adorar este universo que Lisa Joy criou.

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