Crítica | A Casa Sombria (2021)

A Casa Sombria é assustador, bem representado, é um terror de profundidade. Um dos melhores do ano de 2021, e um dos que está sendo ignorado.

Beth, que é interpretada pela atriz Rebecca Hall, está enfrentando a realidade da vida sem seu marido depois que ele inexplicavelmente se matou. A personagem é atormentada pela tristeza, e simplesmente está tentando sobreviver com a nova vida que nunca pediu. Enquanto ela tenta ressignificar os fragmentos do passado na forma de fotos e pertences, ela descobre segredos que ela nunca soube que seu marido tinha.

O falecido marido de Beth, Owen interpretado pelo ator Evan Jonigkeit, é um arquiteto que construiu para eles uma casa  luxuosa, em um lago isolado, que ela agora quer vender desde que ele saiu para o lago para tirar a sua vida. Beth começa a ter a sensação de ser assombrada  por uma presença estranha, algumas das quais remontam à sua própria experiência de quase morte e que ela acha que também podem ter perturbado seu marido .

O filme tem trabalha vários aspectos existenciais, e até filosóficos que eu pensei que não teriam, o que traz um diferencial em relação a outros filmes de terror lançado em 2021. Você realmente se pega questionando sobre diversos momentos da história.

O longa funciona como uma exploração da perda, tristeza e como encontrar o caminho após a tragédia. O que interessante mesclar com uma trama paranormal.  O diretor David Bruckner que trabalhou no fantástico O Ritual, que está disponível na Netflix,  traz um tom contido ao caos, dando uma lenta descida à loucura e ao mistério, trazendo o roteiro à vida de uma forma sombria e onírica. A fotografia com tons de vermelho, aqui e ali, adicionada com a ótima trilha sonora deixa o espectador grudado na tela hipnotizado.

A Casa Sombria é uma grata surpresa e espero que vocês deem uma chance, para este ótimo filme. Vale a pena dar uma conferida.

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