Crítica | Rose Tyler: The Dimension Cannon (Big Finish Productions)

Para quem sente saudade da companion Rose Tyler, uma das companion mais amadas de Doctor Who. Se não a mais da nova era. Retornou em 2019 para 4 aventuras inéditas, e acabou passando despercebida por muitos. O que é uma pena, porque devo ressaltar que essas histórias são uma das mais incríveis da Big Finish, bate de frente com Dalek Universe, que trarei em breve o review.

Rose Tyler: The Dimension Cannon da Big Finish não é apenas pela nostalgia, essa história inédita é um complemento importante, e expande a quarta temporada, a favorita dos fãs. Que imaginavam como foi a jornada da Rose até chegar o Doutor no clímax final. Ter uma jornada solo da personagem quase que uma Doutora, é muito interessante e traz um frescor para ela, e um desenvolvimento que seria muito legal ter visto na série na época, mas acho que devido ao orçamento limitado e a quantidade de episódios deve ter impedido isto. Mas o que importa é que Big Finish, preenche essas lacunas muito bem.

The Endless Night de Jonathan Morris

A primeira história do Box, começa quando o universo paralelo escurece de maneira repentina, Pete Tyler encontra uma chance de sobrevivência. Conseguiu fazer um ”buraco” nas dimensões, e criou um canhão dimensional que dá o título, e alguém poderá atravessa-lo – e talvez encontrar um caminho para o universo do Doutor para pedir ajuda. Rose se propõe a ir, e visita uma Terra que está prestes a esfriar. Quando uma longa noite começa, Rose conhece diferentes versões de seus pais. E um homem que poderia ajudá-la na busca.

E devo dizer que essa foi a minha história favorita e bastante emocional e assustadora que geralmente a série de TV evita, trazendo um pouco de cosmicismo de Lovecraft, que vemos apenas aqui e ali no universo de Doctor Who, que os humanos são pequeninos dentro da escala universal. E que podemos ser apagados da existência como poeira.

The Flood de Lisa McMullin

Dando um salto não sozinha, agora com seu próprio companion, Rose encontra um mundo que sofre mudanças ambientais. A chuva não vai parar e o governo pode estar escondendo a escala do desastre iminente. Enquanto Rose se conecta com outra versão de Pete e um jovem estranhamente atraente, Clive conhece alguém especial para ele. Neste mundo, não havia Clive para Caroline conhecer, mas o amor pode cruzar dimensões. Essa história romântica, é boa, mas é a mais fraca das 4. Algumas surpresas nela como uma versão alternativa da Rose é bastante interessante, e a dinâmica é divertida.

Ghost Machines de Benedict

Pete decide que é hora de acompanhar Rose em um de seus saltos dimensionais. Mas ele não poderia ter escolhido pior hora. Eles chegam a um mundo onde a tecnologia percorreu um caminho extraordinário e onde o recém-falecido Pete Tyler teve um tipo de sucesso muito diferente. À medida que as máquinas começam a quebrar, Pete encontra sua viúva, e ele e Rose devem confrontar a verdade sobre sua ‘família’. Mas eles não podem escapar desta Terra vivos.

Essa história é uma clara referência ao episódio de chegada da Rose do Peter Tyler 2, na segunda temporada. Só que é uma versão mais sombria dela. Mas muito importante para o desenvolvimento do relacionamento de pai e filha de Rose e Pete que não vimos crescer na série de TV.

The Last Party on Earth de Matt Fitton

Rose e Jackie visitam uma casa muito próxima daquela que deixaram para trás. Mas alguns velhos amigos estão faltando e alguns estão inesperadamente presentes. Rose conhece dois jovens que ela sabe que deveriam estar juntos – às vezes pode levar o fim do mundo para ver o que está bem na sua frente. Enquanto isso, o Powell Estate enfrenta o Armagedom da única maneira que pode – dando uma festa. Essa história tem um maior foco em Jackie Tyler, é melancolica e ao mesmo tempo esperançosa, essa foi uma Terra bem diferente, as pessoas possuem uma perspectiva do que nossa Terra agiria, que seria mais próxima do que ouvimos em The Endless Night.

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