Crítica | Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City (2021)

A primeira tentativa de Resident Evil gerou 6 filmes, dirigidos por Paul W.S Anderson. Apenas em torno de dois filmes, agradaram relativamente os fãs, cada vez mais os filmes se afastaram da franquia original, e dividiu a fan base que queria algo mais fiel.  Mas ainda assim fizeram relativo sucessos. Depois em meio a eles, surgiram os filmes em CG feito por japoneses que pudessem aliviar, as reclamações dos fãs, com Claire e Leon como protagonistas, que fizeram um pequeno barulho.

Agora em 2021, chega mais uma tentativa em live action dirigido por Johannes Roberts, que conta a história do zero e, com a promessa de ser muito mais fiel às histórias de Chris Redfield, Jill Valentine ou Leon Kennedy. Mas gerou certa polemica com as escolhas dos atores, Hannah John-Kamen como Jill e Avan Jogia como Leon. Atores nada parecidos com os personagens originais. Mas ainda assim, a história em si, é semelhante ao original.

O filme nos leva ao momento o começo da eclosão do vírus em Raccoon City, quando Chris Redfield, Jill Valentine e o resto de seus companheiros da Stars, e logo eles irão  descobrir o que está acontecendo na Umbrella Corporation e claro, eles entram na mansão Spencer . Leon Kennedy é um policial novato que também precisa se apresentar inteiro em seu primeiro dia na polícia de Raccoon City, enquanto tenta entender o que está acontecendo com esses “infectados”. Dentro da delegacia de polícia de Raccoon City, que procuraram deixar  idêntica em seu exterior e dentro a Resident Evil 2, para despertar nostalgia nos que jogaram.

Os problemas do filme começam  pelo próprio elenco, embora tenham procurado parcialmente  ser fiel e distribua os momentos de destaque, os verdadeiros protagonistas são é Claire Redfield de Kaya Scodelario. Kaya é relativamente conhecida, e é uma atriz muito competente, e ela faz o que pode como a personagem, mas há vários momentos que nem mesmo a atriz consegue salvar o filme.  O Chris de Robbie Amell têm lá seus momentos, mas o papel dele não exige muito em termos de atuação, é o papel de durão e badass.

Já Avan Jogia  como Leon  é radicalmente diferente não só fisicamente, mas na personalidade. E mal tem desenvolvimento.  É muito decepcionante ver como eles transformaram ele em um alívio cômico do filme (sim, tiveram essa ousadia ridícula) e, embora tenha certos momentos de heroísmo, era melhor nem tê-lo no filme.  Já a Jill Valentine de Hanna, consegue ser uma decepção maior, e com pouco tempo de tela, foi melhor assim, porque a atriz além de nada semelhante, pareceria não querer estar ali.

Resident Evil : Bem-Vindo a Raccoon City apresenta um ritmo muito irregular, algumas atuações são vergonha alheia, acima de tudo, não chega a ser aterrorizante, não tem tensão real, algo que é fundamental para que mantivesse a essência dos jogos, e até mesmo da proposta.

 

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