Crítica | Morbius (2022)

O novo filme de vilão da Sony transforma Jared Leto em um dos maiores vilões do Homem-Aranha, Morbius, que está mais para anti-herói como Venom. Que é baseado no personagem de Michael Morbius, do universo do Homem-Aranha dos quadrinhos , então a aposta foi atraente quando sua estreia se aproximava há alguns anos. Daniel Espinosa  foi o diretor encarregado pelo filme.

Leto se entrega completamente a um papel que, como ele diz nesta entrevista que tivemos com ele, é na verdade um papel múltiplo: ele tem que interpretar um Michael Morbius magricela atacado por uma doença terrível, mas também na versão vampira e monstruosa em que ele se transforma, seja em sua versão mais humana ou mais monstruosa. Ao seu lado temos Matt Smith outro grande ator que interpreta Milo , amigo de infância de Michael, que tem a mesma doença. Outros personagens completam o elenco: Martine (Adria Arjona ), a parceira de laboratório de Michael.

De alguma forma, e apesar de o filme durar 1 hora e 44 minutos, sentimos que o nascimento dos poderes e o inevitável duelo com o inimigo são atropelados , como se tivessem cortado aqui e ali e tivesse ficado uma construção muito fraca e até perdida.

Não tem como não compará-lo com o primeiro filme do Venom , com o qual compartilha um universo. Como você deve se lembrar, esse filme também não foi particularmente brilhante, mas seus criadores fizeram algo muito inteligente: perceberam suas limitações e riram deles para conceber algo mais ”trash” quase como Evil Dead.

O problema com Morbius, por outro lado, é que ele parece se levar a sério demais, tenta dar uma carga dramática e falha. O tom é até aterrorizante no início e épico na segunda metade, mas parece que não conseguiram captá-lo durante no decorrer da trama. É como se o diretor pretendesse nos dizer algo muito relevante, mas nos faltam “conexões” para nos fazer sentir assim.

O diretor se inspirou nas cenas de ação esteticamente em jogos como Infamous ou Prototype , na forma como Morbius deixa rastro quando se move, o caminho de destruição dos combates é bastante interessante,  ajuda a manter o interesse.

No geral Morbius poderia ter sido muito mais teve muito potencial desperdiçado, mas também poderia ter se transformado em um desastre absoluto. O resultado final é apenas genérico e bastante esquecível, mas vale a pena o tempo gasto.

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