Crítica | Resident Evil – A Série (2022)

Resident Evil é uma nova série live-action baseada na famosa saga de videogames de terror da Capcom que a Netflix produziu para seu serviço de streaming. E podemos constatar que essa franquia é deveras azarada.

O enredo da série é dividido em duas timelines diferentes, centradas nas irmãs Wesker. Uma é ambientada no ano de 2036 com Billie e Jade Wesker, filhas do infame Albert Wesker. Jade trabalha para a Universidade de Madri e coleta informações em uma desolada Londres, ajudada por um colega espanhol chamado Arjún. E a principal acontece no ano de 2022, ano em que a humanidade está à beira da extinção. Ele se concentrará na família Wesker se mudando para Raccoon City 2, onde eles deveriam viver felizes para sempre na cidade administrada pela Umbrella… Ou talvez não.

O T- Virus  faz parte de um composto chamado Joy com o qual a Umbrella quer controlar a atenção e o comportamento da população como se fosse uma droga de controle mental. Está tudo preparado para grandes ganhos financeiros, mas vai desmoronar.

A duração de cada episódio varia entre 40 e 60 minutos , então é um teste de paciência , por que não todo esse tempo não é recompensado.  Mas a pergunta que todos vocês devem estar se perguntando é o que, se é que tem em comum com os jogos. Poderíamos dizer que a série quer funcionar como uma sequência, mas passa longe disso, sequer lembra o material original mesmo que faça referências aqui e ali.

O engraçado é que na série tem o talentoso Lance Reddick mas nem o ator consegue trabalhar com o roteiro extremamente pobre da série (o que nos faz pensar porque ele aceitou isso),  e com uma temática adolescente que não acrescenta em nada na história, que beira o ridículo em diversos momentos. Há reviravoltas nos dois episódios finais com momentos que dão um meme de presente, como a dancinha que Evelyn marca ou algum momento que, sendo tão confuso e forçado, leva você para fora da história imediatamente.

As atrizes que fazem as irmãs Wesker, tanto no presente quanto no futuro, são bastante fracas e limitadas, e com uma direção capenga e um roteiro que não dá profundidade alguma, tornam tudo pior. E para completar em vários momentos elas agem como barata tontas.

Se como adaptação a série falha miseravelmente,  o que se pode esperar é o mínimo a Netflix deveria entregar aqui. Poderíamos esperar pelo menos uma boa série de terror com zumbis,  mesmo que não seja fiel ao material original. Mas nem isso temos, pelo contrário temos uma série maçante.  É impressionante como a Netflix consegue nos entregar uma série ótima de zumbis como Black Summer, e ao mesmo tempo nos entregar uma série tão medíocre, tão enervante quanto Resident Evil.