Crítica | Dopesick (2021)

Dopesick é uma minissérie que está disponivel no Star+ no Brasil e no Hulu nos EUA.  Que procurou abordar o problema dos opióides nos Estados Unidos, o vício que eles geram e os truques das empresas farmacêuticas para criar seu próprio mercado que se aproveita disso.

Criada por Danny Strong , é uma adaptação do livro de Beth Macy e tem um elenco muito interessante, liderado por Michael Keaton que dispensa apresentações, Peter Sarsgaard , Will Poulter e Rosario Dawson , entre muitos outros.

A Purdue Pharma empresa fictícia da história , cria um opioide que oferece todas essas soluções sem gerar vício em seus potenciais consumidores. Para isso, utiliza artifícios de todos os tipos, principalmente comerciais, gerando uma rede de clientela em grande escala no meio rural e mais afetada tanto pelo trabalho quanto pelas enfermidades dele decorrentes.

É interessante porque a série procura mostras as etapas nas salas de reuniões de um farmacêutico até que a droga chegue a uma comunidade atormentada não apenas pela dor, mas também por outras experiências de pobreza. Toda a atmosfera do ambiente, a fotografia traz uns tons  de cinza e frio. Para gerar no espectador a sensação de vazio e até de crueldade.

Desde o início fica nítido para gente que a empresa farmacêutica está cheia de problemas, e não compensa tanto quando você está ciente da influência do próprio governo América e do nepotismo das administrações públicas em ser permissivas ou não com certas aplicações práticas. O elenco todo faz um excelente trabalho para nos passar emoções mais reais o possível, para que aparente ser uma história verossímil, e que de fato pode ser considerada real na nossa realidade.

Se você ainda não viu Dopesick, corra para ver. É uma série impecável, que explora o que há de mais baixo na condição humana, vemos como escondem a bondade por trás de camadas e camadas de miséria.

 

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