Crítica | Game of Thrones – 6ª temporada

Aviso: A crítica contém alguns spoilers inofensivos

A maioria dos fãs de Game of Thrones devem saber que essa foi a primeira em que os roteiristas Dan Weiss e David Benioff, não tinha os livros para se basear, coincidência ou não, essa foi a melhor temporada . Até a sétima temporada terminar na verdade, que mesmo com alguns erros de logica, está muito mais épica.

O sexto ano não foi perfeito, teve seus deslizes em alguns poucos episódios, mas na maioria deles conseguiu quase a perfeição, com cenas e diálogos memoráveis e que ficaram por muito tempo ressoando em nossa memória. A jornada de Bran finalmente se mostrou relevante para a trama – mais do que esperávamos. Primeiro que seu retorno ao passado acabou confirmando uma das teorias mais populares dos fãs: Jon Snow é filho da Lyanna Stark com o Rhaegar Targaryen, tornando-o um dos herdeiros legítimos ao trono. E, mais importante ainda, Bran não só pode testemunhar os eventos do passado, como também pode alterá-los.

Cersei Lannister (Lena Headey) demonstrou estar em um novo momento, desta vez muito mais cautelosa, em certos momentos apática, porém sem deixar de ser a grande personagem estrategista e fria que sempre foi desde o inicio de seus arcos. Mas infelizmente a maior decepção da temporada é o arco dos Lannisters. Tommen não tem metade do carisma e presença do saudoso Joffrey. E Jamie, que já foi um dos personagens mais interessantes, se tornou um reles capanga de sua irmã, Cersei. Esta, por sua vez, tem um começo lento, mas na reta final protagoniza um dos melhores momentos da história do programa.

Pudemos acompanhar como Tyrion Lannister (Peter Dinklage) é um estrategista político em Meeren, criando e administrando estratégias para lidar com os momentos de dificuldade enquanto a Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) estava conquistando um novo e gigantesco exército. As cenas dos dragões foram fantásticas, uma melhor que a outra, deixando claramente a evolução dos efeitos visuais se comparado com o final da temporada anterior.

Arya teve apenas um ótimo momento, ela estava se preparando para sua vingança. Mas, foi algo tão arrastado, que gerou desinteresse. Em uma única cena, deixamos de teorizar e sentimos na veia a vingança de Arya. Finalmente, reencontramos a Arya forte que aprendemos a amar.

Bran faz uma descoberta relevante em que mostra que os Caminhantes Brancos foram criados pelos Filhos da Floresta para se protegerem dos Primeiros Homens, revelando sua localização no processo, resultando na morte do Corvo de Três Olhos. O ataque dos White Walkers é efetivo em sua execução ao criar tensão, urgência e senso de ameaça que marcaram presença em suas outras aparições. Durante uma fuga, Bran e Meera são auxiliados pelo tio de Bran, Benjen Stark ex-patrulheiro de Castle Black.

O melhor personagem desta temporada foi o Ramsay Bolton. A presença de um grande vilão era sentida desde a morte de Joffrey e este consegue ocupar o posto com ainda mais competência. Já tendo mutilado, torturado, assassinado e estuprado personagens queridos da série, o confronto com Jon Snow era aguardado há muito pelos fãs e é realizado maravilhosamente no penúltimo episódio.

A sexta temporada foi responsável pelo capitulo, denominado por muitos como o melhor da história da TV, o da ”Batalha dos Bastardos”. A cena é superior à muitas semelhantes de grandes blockbusters do cinema, a trilha sonora trouxe uma tensão enorme para a batalha, foram mais de 20 minutos de uma luta alucinante e com reviravoltas surpreendentes e um final de capitulo no melhor estilo Game of Thrones.

Game of Thrones – 6ª Temporada (EUA, 2016)

Showrunner: David Benioff, D.B. Weiss

Direção: Vários

Roteiro: Vários

Elenco: Peter Dinklage, Nikolaj Coster-Waldau, Lena Headey, Emilia Clarke, Kit Harington, Liam Cunningham, Carice van Houten, Natalie Dormer, Natalie Dormer, Indira Varma, Sophie Turner, Maisie Williams, Conleth Hill, Alfie Allen, Gwendoline Christie, Jonathan Pryce

Duração: 10 episódios , 60 min cada.

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