Crítica | Liga da Justiça: Guerra (2014)

Liga da Justiça: Ponto de Ignição deu início às adaptações de quadrinhos dos Novos 52 no DCAU (DC Animated Universe). O primeiro filme animado lançado foi Liga da Justiça: Guerra, que dividiu bastante opiniões.

Na trama, o Batman é o principal suspeito de desaparecimentos em Gotham City, até o momento que uma jovem é salva pelo Lanterna Verde de um sequestrador. O criminoso é um Parademônio do vilão Darkseid. Batman chega em seguida para ajudar o Lanterna, até que em um ato suicida o monstro deixa uma estranha caixa para trás. Essa é uma das Caixas Maternas que estão espalhadas pela terra. Uma ameaça maior se aproxima e Batman, Lanterna e outros heróis terão que se unir para derrotar a ameaça do tirano de Apokolips.

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Muitos afirmam que a partir deste filme que as animações da DC Comics começaram a perder a qualidade. Posso confirmar que isto é verdade, pois Guerra nem se compara aos outros longas animados da editora (Crise em Duas Terras, Liga da Justiça: A Nova Fronteira, Liga da Justiça: A Legião do Mal). Esse fator aconteceu por terem adaptado fielmente a HQ Liga da Justiça: Origem, de Geoff Johns e Jim Lee, e não tentarem melhorar a qualidade da história, como fizeram em Ponto de Ignição, Superman Contra a EliteBatman Contra o Capuz Vermelho.

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Os responsáveis deveriam ter dado mais tempo para terminarem a animação e até ter dado uma duração um pouco maior ou dividido em duas partes. O desenvolvimento dos personagens é raso, principalmente para o Superman e a Mulher Maravilha (que parece mais o Thor do Chris Hemsworth). Eles trouxeram para a trama o relacionamento entre os dois, mas como tudo ocorre rápido demais, esse detalhe acabou por ficar bem forçado. O Aquaman foi substituído pelo Shazam, o que se provou uma escolha ruim, já que o personagem praticamente aparece do nada e assim como a maioria, tem pouco desenvolvimento. No meio da destruição causada pelo temível Darkseid (que não faz tanto jus à ameaça que ele representa nos quadrinhos), existem 3 heróis tentando competir pela Mulher Maravilha. O humor do longa não funciona tantas vezes e as ações de heróis como o Homem de Aço não condizem com sua personalidade, e aliás, o modo de agir de Clark Kent poderia ter sido mudado em relação aos quadrinhos já que é uma das versões mais detestadas do personagem.

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Alguns personagens ficaram faltando, porém caso houvesse mais a história de todos correria o risco de ficar rasa e as interações entre eles vazias. O destaque ficou para o Shazam (Capitão Marvel), que ganhou um pequeno, mas interessante, background com Cyborg).

Apesar destes pontos citados, os que mais se destacam são o Batman (obviamente, visto o foco que a DC dá para o vigilante) e o Lanterna Verde, com uma personalidade mais arrogante e humorada. Desde esta animação, todos os filmes seguintes que se passavam no universo dos Novos 52 usam o mesmo traço, o que ficou um pouco sem graça visto aos inúmeros desenhos diferentes usados nas animações Pré-Flashpoint. As lutas estão bem fluídas e o trabalho de dublagem (original) ficou entre mediano e acima da média, apesar de nomes como Kevin ConroyTim Daly fazerem falta. Entretanto, o filme consegue ser um bom divertimento. É quase como se fosse ”Os Vingadores”, só que com pouco desenvolvimento dos personagens e mostrando o segundo e terceiro ato.

Justice League: War (Liga da Justiça: Guerra – 2014, EUA)

Direção: Jay Oliva

Roteiro: Jim Krieg (baseado em Liga da Justiça: Origem dos Novos 52, por Geoff Johns e Jim Lee)

Elenco: Alan Tudyk,Jason O’Mara,Michelle Monaghan,Christopher Gorham

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