Crítica | The OA – (1ª Temporada)

A trama de The OA conta a historia de uma garota chamada  Prairie Johnson (Brit Marling), que quando criança  desapareceu e que era cega, sete anos depois retorna inesperadamente para sua família e misteriosamente voltou a enxergar sem nenhuma explicação. Agora, seus pais e o FBI querem descobrir o motivo de seu paradeiro, mas Prairie se recusa a comentar o assunto.

A série parece  fazer questão de imprimir dúvida sobre a veracidade de tudo aquilo que sua protagonista diz ter vivido , ter tido mesmo aquele tanto de experiência de quase morte ou encontrou possivelmente uma espécie de  “fuga mental  inusitada”. Por outro ela é feliz o bastante para despertar reflexões importantes sobre quão complexo pode ser o processo de busca de superação de um trauma.

The OA consegue te passar a experiência bizarra da protagonista. Você se entretém, mesmo que nos primeiros episódios tudo se desenrole de maneira lenta e que pode até fazer alguns desistirem, quem insistir não irá se arrepender.Existem questões científicas e filosóficas a respeito da vida após a morte. Ainda assim a série fica refém da estrutura narrativa contada em flashbacks cirúrgicos. Existe uma espécie de  dança que é utilizada  com gestos e linguagem para induzir a comunicação com outros planos, para se alinhar com o ” mundo místico’’.

O designer de produção sempre reduz o núcleo do elenco e os cenários ao minimo possivel. Os seis personagens principais da historia, tem seus próprios problemas pessoais e através deles que aproximam uns dos outros. Prairie se torna a canalizadora do grupo , ela transmite a esperança de um futuro melhor para os demais personagens Buck , Steve, Jesse , French e BBA. A fotografia da historia do presente é opaca ,se resume a cores básicas cinza, branco , uma direção centrada aos rostos dos personagens. Já nos Flashbacks que tudo muda , tudo tem mais vida, mas cores fortes.

É uma série bipolar já que ao mesmo tempo em que desperta o interesse, também é capaz de provocar estranheza. Injusto a série ser tão difícil de engolir e continuar nos deixando com dúvidas e pontas soltas. A história da Prairie parece real, em momento algum parece deixa  duvidas  que ela não dizia ser quem era, mas ao colocar algumas questões em aberto , pode deixar os espectadores com mais duvidas ainda. A série no geral mesmo com seus altos e baixos tem ideias interessantes.

Showrunners: Brit Marling , Zal  Batmanglij

Direção: Zal Batmanglij

Elenco: Brit Marling , Emory Cohen, Scott Wilson, Phyllis Smith, Alice Krige , Patrick Gibson, Brendan Meyer , Brendan Perea, Ian Alexander , Jason Isaacs , Hiam Abbass, Zoey Todorovsky 

Posted Under

Comments are closed.