De vez em quando, ou muitas vezes, os estúdios sentem uma “necessidade” de fazer remakes ou reboots para introduzir personagens que fizeram muito sucesso em anos passados para uma nova geração e fazer muito dinheiro. Não foi muito diferente com “A Múmia” que é um dos clássicos filmes de monstro da Universal só que agora nesse novo filme haveria um distanciamento do terror gótico para um filme de aventura. Será que isso deu certo?
O filme começa com um prólogo no Egito Antigo onde o espectador é apresentado a Thebes, a Cidade dos Vivos que é governada pelo Faraó Set I que tem uma linda filha Anck-su-Namun a qual ele não deixe que ninguém a viole. Um dia, porém, ele descobre que o seu Sumo Sacerdote Imhotep estava tendo um caso com ela e antes que ele menos espera, o casal o mata e Imhotep é obrigado a fugir para Hamunaptra, A cidade dos Mortos e a Princesa se mata para deixar que o seu amado fuja e a ressuscite em breve. Ao chegar à cidade, ele tem acesso ao profano Livro dos Mortos para ressuscitar a sua amada, porém quando estava finalizando o ritual é impedido pelos guardas do Faraó que o condenam a receber a maldição do Hom Dai, a pior das maldições egípcias e é mumificado vivo.
Após essa breve introdução o espectador acompanha a pesquisadora Evelyn Carnaham que é fascinada pela história do Egito e o seu irmão Jonathan conseguiu por as mãos em algo que pode trazer uma luz para o mistério da já cidade perdida de Hamunaptra e contam com a ajuda do aventureiro Rick O`Connel que alega já ter visto a cidade. Ao libertarem da prisão onde estava preso, eles partem em procura da cidade e quando a acham acabam acordando Imhotep que vai espalhar seus séculos de dor e sofrimento por toda a Terra.
A tragédia de Imhotep deixa de ser o foco principal da história e acaba que o sumo sacerdote não chega a ser desenvolvido como deveria caindo no velho clichê de querer dominar o mundo. O espectador sente como se Imhotep estivesse mais distante, mas tal mudança é em certas partes compreensível já que é um filme de aventura, mas o senso de desapontamento se encontra presente de todo jeito.
O elenco consegue se destacar de forma positiva. Brendan Fraiser está carismático como o aventureiro Rick O´Connel e Rachel Weisz também tem os seus momentos. Kevin J. O` Connor e John Hannah estão excelentes servindo como os alívios cômicos do filme enquanto Arnold Vosloo está perfeito como Imhotep com um olhar que exprime o poder, o respeito e a impotência que um sumo sacerdote deveria possuir. Vosloo consegue passar perfeitamente uma imagem de Morte e Destruição sendo o maior destaque do elenco.
O grande uso de CGI no filme acabou não ajudando o filme no duro teste da passagem do tempo onde eles já apresentam estar datados causando um pouco de incômodo em algumas cenas. A maquiagem é um acerto da produção do filme principalmente nas cenas em que Imhotep “suga” as suas vítimas para se regenerar. A trilha de Jerry Goldsmith também é outro incrível acerto da produção transportando o espectador para aos tempos antigos quando necessário, transmitindo um senso aventureiro em outros e oferecendo algumas faixam que puxam mais para o terror.
Sendo um grande sucesso de bilheteria possibilitando a criação de uma trilogia, “A Múmia” é um ótimo filme blockbuster misturando aventura com humor na medida certa. Mesmo que em gênero e qualidade se distancie muito do filme de 32, esse filme merece ser visto de preferência com um grande saco de pipoca porque será uma divertida viagem.
Título Original: “The Mummy” (1999)
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers, Lloyd Fonvielle, Kevin Jarre
Elenco: Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah , Anorld Vosloo, Kevin J. O`Connor, Jonathan Hyde, Oded Fehr, Erick Avari, Corey Johsnon, Tuc Watkins, Omid Djalili, Aharon Ipalé
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