Crítica | The Handmaid’s Tale : 1ª temporada

The Handmaid’s Tale é uma série que estrou em 2017 pelo o serviço de streaming Hulu, e Baseado na obra de Margaret Atwood. The Handmaid’s Tale conta a história na distopia de Gilead, uma sociedade totalitária que foi anteriormente parte dos Estados Unidos. Enfrentando desastres ambientais e uma taxa de natalidade em queda, Gilead é governada por um fundamentalismo religioso que trata as mulheres como propriedade do estado. Como uma das poucas mulheres férteis restantes, Offred é uma serva na casa do comandante, uma das castas de mulheres forçadas à servidão sexual como uma última tentativa desesperada para repovoar um mundo devastado.

A narrativa da série  é feita pelo o ponto de vista da personagem principal, Offred, e além disso a trama se alterna entre o presente e os flashbacks do passado de Offred  antes da instalação do regime ditatorial. O que mais chama atenção na obra, é o quanto ela torna crível essa distopia, a medida que conhecemos mais as leis regidas por essa ditadura e como as mulheres são tratadas , mas assustadoramente real ela torna-se. Desde aos flashabacks até o momento atual em que se passa a trama, é mostrado como ocorreu o golpe no governo americano, e como as mulheres férteis viram-se forçadas a abandonarem suas vida comuns até servirem como aias ou seja apenas com um ‘’útero de pernas’ ’ como é citado na série, revelando desde leis absurdas até serem obrigadas fugirem para outros países , não somente  mostrado pelo o ponto de vista da personagem principal , mas também de outras mulheres a sua volta.

O decorrente presente em que passa-se quase toda série ,é visto como o regime foi  criado  até o subsequente golpe , e narrativamente mostrado em um linguagem crua e até pesada em relação  as aias  e a  sufocante e desumana situação em que elas encontram. Mas o que poderia ser um erro da série, mas que felizmente não aconteceu, foi ‘’demonizar’’ as pessoas que apoiaram o golpe que deu resultado ao regime totalitarista. O que a série mostra sem precisar levantar nenhuma bandeira de forma explicita ,é que o patriarcado , ou seja aquela situação em que a mulher tem sentido apenas em servir ao homem,não é um estado favorável pra nenhuma delas , seja qual situação ela encontra-se como aia ou apenas um dona de casa que cuida apenas do lar, é algo que apenas não iguala a mulher ao homem, como também revela preconceitos e até situações que ainda existem no mundo atual mas que são veladas.

O trabalho primoroso apresentado na série instiga a discutir e verbalizar sobre aquela distopia em que se encontra, julgar as mulheres é o de menos, até porque não sobre espaço pra críticas precipitadas em meio a algo tão desumano. A cada episódio é impossível não ficar fascinado e ao mesmo tempo horrorizado com a situação, o roteiro da série é praticamente uma ‘’caixinha de surpresas’’ e cada capítulo é impossível prever o que vai acontecer. As atuação são impecáveis e impossível não destacar o trabalho de Elisabeth Moss que mergulha profundamente no drama da sua personagem.

The Handmaid’s Tale é uma serie que possui uma crítica atual e por mais que seja baseada num livro lançado da década de 80, a força da historia consegue ser mantida aqui, graças ao um trabalho grandioso e fascinante desenvolvido pela série.

The Handmaid’s Tale – 1ª Temporada ( EUA, 2017)

Criação: Bruce Miller

Showrunner: Bruce Miller

Direção: Reed Morano, Mike Barker, Kate Dennis, Floria Sigismondi, Kari Skogland

Roteiro: Bruce Miller, Dorothy Fortenberry, Leila Gerstein, Lynn Renee Maxcy, Kira Snyder, Wendy Straker Hauser, Eric Tuchman, Ilene Chaiken (baseado no livro de Margaret Atwood)

Elenco: Elisabeth Moss, Yvonne Strahovski, Max Minghella, Amanda Brugel, Joseph Fiennes, Madeline Brewer, O-T Fagbenle, Ann Dowd, Samira Wiley, Nina Kiri, Tattiawna Jones, Alexis Bledel

Duração: 10 episódios de aprox. 55 min.

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