Primeiras impressões | The Orville x Star Trek: Discovery

Os fãs da franquia Jornada nas Estrelas ficaram órfãos de uma série passada nesse universo, buraco que, em partes, foi preenchido pelos filmes da linha do tempo Kelvin. Com efeitos especiais que não devem nada a filmes de alto orçamento, ou no caso os atuais filmes de Star Trek. A série já veio com uma altíssima audiência, e já foi renovada para a segunda temporada. Um pouquinho antes da estreia da mesma, uma outra vinha com uma proposta diferente , e inspirada na franquia Star Trek , quase que um spin off não oficial, The Orville.

Mas ao contrário de The Orville , obviamente, Star Trek: Discovery é muito mais séria, e tem até alguns momentos ‘’maçantes’’, e apela muito mais para o espetáculo visual. The Orville por ser mais leve, como divertimento vem se saindo melhor, para os fãs de ficção cientifica clássica. Ambas possui poucos episódios Star Trek , episodio duplo e The Orville 3 episódios, então dá ‘’relacionar’’ as duas de certa forma. The Orville, nova série de Seth MacFarlane, tem nos surpreendido, a ficção científica que vinha sendo abalada pelo comum negativismo que tomara conta do gênero nos últimos anos.  Esta resgata a ficção cientifica otimista, o que vem fazendo dela ser considerada digno de ser chamado sucessor espiritual da série original de ”’Jornada nas Estrelas”.

Star Trek: Discovery

A história se inicia no ano de 2256, uma década antes da missão de 5 anos da U.S.S. Enterprise na referida série clássica, comandada por Kirk e Spock. E, detalhe importante, se passa no mesmo universo, o “Prime” e não no universo “Kelvin”, que se refere ao universo rebootado de J.J. Abrams.

Os primeiros vilões apresentados são os velhos e bons klingons, porém com a aparência muito mudada em relação aos apresentados no passado. O que desagradou os fãs mais conservadores. Apesar das testas gigantes, klingons nunca foram carecas. E seus penteados eram estilosos, lembrando bárbaros terrestres.

A julgar por esses dois episódios, teremos uma mudança de fórmula em relação as séries anteriores onde apesar do personagem principal, os episódios costumavam focar invariavelmente em secundários também fazendo com que uma parte da tripulação ficasse bem conhecida do público. Algo que ficou muito claro nesses primeiros episódios é que Burnham será importantíssima na série e provavelmente tudo irá girar em torno dessa personagem de uma forma tal que não ocorre desde os tempos de Kirk.

Apostando visualmente em designs  já utilizados nos filmes atuais da franquia, ao que pode ser notado facilmente na áreas interiores dentro da nave, muito similar vistos em Além da Escuridão: Star Trek. O ritmo do do primeiro foi muito bom, já do segundo episodio nem tanto, mas provavelmente a melhor estreia de uma série de Star Trek em anos.

The Orville

The Orville é uma homenagem a Jornada nas Estrelas, nos mesmos moldes da série que serviu de inspiração, com um toque de humor sarcástico. Não é uma sátira pastelão como aparentava nos trailers. A série seguirá o mesmo modelo das séries de “Star Trek” onde cada episódio foca em um ou dois personagens ditos “secundários” da tripulação da espaçonave, sendo que a trama do mesmo gira em torno da personalidade, qualidades e defeitos desse escolhido e de suas ações.

O grande diferencial são os personagens mais sarcásticos, egoístas, desbocados, mais humanos o que já nos conecta rapidamente. Há a ausência do teletransporte , algo que traz um pouco mais de ‘’realismo’’ , no qual é o famoso o  meio de locomoção dos personagens de toda a franquia Star Trek. Os tripulantes de Orville utilizam uma pequena e charmosa nave semelhante a um carro espacial.

Os efeitos especiais até impressionam para uma série de comédia. As espaçonaves, portos e estações espaciais também estão acima da média para série de TV. Apesar de não falarem em velocidade de dobra, ela é perceptível quando a Orville salta no espaço e inicia uma viagem para fora do sistema solar.

The Orville trouxe um terceiro episodio maravilhoso, ”About Girl”, que ao mesmo tempo é bastante atual e toca no assunto delicado de resignação sexual. E que da uma reviravolta durante o processo e um final melancólico faz parecer que “The Orville” está realmente muito mais para uma nova série de Star Trek do que realmente para uma comédia como todos esperavam.

Concluindo

Estamos sendo brindados com duas séries de ficção cientifica de qualidade, então não poderia estar mais feliz como fã do gênero. Star Trek: Discovery terá seus episódios lançados na Netflix, e The Orville vem sendo passada na Fox. Em breve lançarei as críticas das mesmas quando terminarem as suas temporadas.

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