Crítica | Cursed (2020)

Cursed é baseada na graphic novel de Frank Miller e Tom Wheeler, estrelada pela já conhecida, Katherine Langford de 13 Razões Porque, reinventa o mito da Rei Arthur da perspectiva do personagem de Langford. É mais uma aposta no gênero de fantasia pela Netflix, mas focada em um publico mais adolescente.

A série conta a história de Nimue , uma heroína adolescente com um presente misterioso que é chamado para se tornar uma poderosa Dama do Lago. Depois que sua mãe morre, ele encontra um inesperado aliado em Arthur, um jovem mercenário que o acompanhará em uma missão para encontrar Merlin e dar a ele uma espada antiga: a Espada do Poder. Ao longo de sua missão, Nimue se tornará o símbolo de coragem e rebelião contra os terríveis Paladinos Vermelhos, cuja missão é exterminar os Fey, criaturas fantásticas às quais Nimue pertence.

A série compartilha com as lendas das quais a adoração à natureza, algo legal de ser ver que não é utilizado h´[a algum tempo, a personificação da morte e objetos mágicos bebem, mas também é muito contemporânea se nos atermos à quebra de certos códigos estritos comuns nessas histórias.

Um dos maiores pontos fortes da série são os cenários, enriquecido com paisagens lindíssimas, e também animações que servem como uma transição entre sequências e que combinam perfeitamente com o espírito da série. O que se torna negativo é a demora para que a protagonista entre realmente em ação, então somos banhados com 5 primeiros episódios bem arrastados, um problema bem recorrente nas séries da Netflix.

São ao todo dez episódios com cerca de uma hora de duração, não é uma série chata, mas é um pouco ”densa” em termos de mitologia, porque não para de introduzir figuras, nomes e conceitos. E isso atrapalha a experiencia, quando querem entregar tudo de uma vez ou tentam explicar demais.

Os efeitos especiais da série são razoáveis, em alguns momentos falham bastante. Os figurinos poderiam ter sido bem melhores. Muitos irão comparar com The Witcher, que mesmo que reclamem se saiu bem melhor que Cursed.

A série por ser uma reinvenção do mito arturiano introduz novos temas e mantém informações sobre os principais personagens até o final, deixando em aberto uma segunda temporada mais do que provável. Pode ser uma boa ferramenta para aproximar os jovens da literatura e, especificamente, das lendas celtas e do romance medieval.

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