Crítica | Mulher-Maravilha 1984 (2020)

Mulher-Maravilha 1984 finalmente estreou internacionalmente claro, nos EUA ainda chegará em 25 de dezembro. Dirigido pela amada Patty Jenkins, agora veremos a Diana vivendo o auge nos anos 80.

O interessante é que o filme logicamente é um filme de super-heróis , mas também como uma história é sobre a descoberta pessoal de muitos personagens e, também, como uma nova história de amor entre Diana e Trevor que, em muitos aspectos, por mais que muitos tenham virado a cabeça, é crucial para a história.

Existem boas sequências de ação, mas talvez não sejam tantas quanto gostaríamos e, as que são, teriam sido um pouco mais longas . A verdade, no resto do longa o ritmo acabou não conseguindo se manter a após o primeiro ato. O foco aqui é mais pessoal, o desenvolvimento da Diana e principalmente com o retorno de Steve Trevor, que infelizmente Gal Gadot ainda não consegue nos trazer bons momentos de dramaticidade. A trilha sonora do Hans Zimmer é impecável, ajuda como contra ponto nesses momentos, dificilmente falha, foi um ótimo casamento aqui.

Pedro Pascal, que aqui é o vilão Maxwell Lord, é uma mistura com trejeito do Nicolas Cage e Trump. Vemos claramente no filme essas combinações, apesar de que ele não é bem um super vilão. A intenção de passar uma crítica politica americana atual, mas que acaba não casando bem com a narrativa. No geral Mulher-Maravilha 1984 deveria ser menos inchado, não que seja ruim ter mais camadas, mas nesse caso, ter sido um filme de 2:30 acabou deixando partes maçantes, que poderiam ser evitadas com menos tempo.

A direção de Patty Jenkins se mostra mais madura, vemos planos lindos, e ângulos diferentes do tipo que vimos em Mulher-Maravilha de 2017. As coreografias de luta tanto feito pela dublê da Gal Gadot e pela própria atriz, são elegantes como balé, é lindo de assistir.

Kristen Wiig fez uma Minerva descente, mas não sentimos que ela é a grande vilã, como Coringa é, e representa para o Batman. Não tem um vilão realmente a altura para a Diana ainda. Ela é talvez a personagem “principal” mas previsível no filme. Ela é uma vilã convencional, mas é uma engrenagem necessária na narrativa que foi se construindo.

Mulher Maravilha 1984 é um bom filme, muito honesto em sua proposta, que sabe usar a ação com romance muito bem. Nestes tempos difíceis que estamos vivendo em 2020, um filme como esse era necessário.

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