Loki finalmente estreou, e já nos é apresentado a trama, que começa logo após o momento em Vingadores: Ultimato em que Loki se aproveita de um descuido para roubar o Tesserat e escapar de Tony Stark e companhia. Sem conseguir controlar bem o seu poder, Loki acaba no meio de um deserto, onde é detido por uma estranha organização: a Agência para a Variação Temporal , que parece garantir que a cronologia do universo não se desvie do plano definido por alguns seres misteriosos: os Guardiões do Tempo .
O mais importante é Mobius, interpretado por um muito inspirado Owen Wilson ( Zoolander 2 ). Ele é um dos poucos membros da Agência de Variação Temporal que não é um mero burocrata e quer fazer algo “criativo” com Loki. A relação entre os dois é muito engraçada e serve para fazer desse primeiro episódio uma desconstrução do outrora grande vilão do MCU : o que o Loki realmente quer? Qual é a sua verdadeira natureza? Esse será um dos pontos de partida mais interessantes da narrativa.
Mas, além do novo contexto e personagens, a série Loki também envolve uma mudança de cenário e tom . Se WandaVision era um ”dramédia” e O Falcão e o Soldado Invernal é um thriller com de ação, neste caso estamos diante de uma aventura de ficção cientifica com suspense , mas também grandes doses de comédia , graças a um Loki particularmente sarcástico e evasivo.
A diretora Kate Herron ofereceu para Tom Hiddleston muito engraçado (talvez às vezes demais, o que satura o mais crítico dos filmes UCM ), mas também astuto e tão cruel quanto o esperado. Tudo isso pode ser muito pesado nas mãos de um ator menos habilidoso, mas Hiddleston faz com que seu personagem nos ajude a nos identificarmos com ele neste novo contexto, embora pareça sempre ter alguns truques na manga.
A ambientação também é muito importante, pois esta Autoridade de Variância Temporal tem seus escritórios em um prédio de estilo retrô, com monitores de tubo, máquinas de escrever e uma decoração bem dos anos setenta, como se pessoas capazes de preservar o tempo vivessem mais à vontade em nosso passado.
Um início de série tão promissor quanto o esperado, com um Loki e algumas viagens no tempo que podem dar muito de si. O lado mais misterioso da série ainda está para ser visto, mas por enquanto estamos viciados.