Criadora de Star Wars: The Acolyte explica por que série vai se passar 200 anos no passado

Em entrevista ao The Wrap, a criadora Leslye Headland explicou que a decisão de contar uma história tantos anos no passado veio justamente do que sentiu ao ver o Episódio I. Lembrando que tinha 18 anos quando esse “filme-evento” foi lançado, ela ficou interessada no que teria acontecido para levar aos eventos do longa:

“Na verdade, fiquei muito intrigada com por que George Lucas nos levou àquele ponto em particular. Fiquei pensando ‘mas o que aconteceu para nos levar até aqui?’, foi o tipo de coisa que meu cérebro de fã de Star Wars pensou. ‘Como chegamos a isto?’”

Para explorar esse período distante, Headland revelou que a sala de roteiristas de The Acolyte tem diferentes tipos de fãs da franquia. Misturando os mais fervorosos aos casuais, ela acredita que há um equilíbrio entre se manter firme no que já foi criado, e a liberdade para trazer novas ideias:

“Acho que é importante ter vozes com uma abordagem um pouco mais parecida com a de George Lucas no Episódio IV, sabe? Quando escreveu Uma Nova Esperança, ele não estava pensando ‘bem, em Star Wars tem essa coisa’. Ele disse várias vezes que sua inspiração para o filme veio de poemas sinfônicos ou de uma escola de cinema que era sobre representar sentimentos de forma visual.”

Outro grande objetivo dessa escolha é agradar o maior número possível de fãs de Star Wars. Citando The Mandalorian como modelo, ela explica que é importante falar com amantes antigos da saga:

“Jon Favreau fez isso perfeitamente com The Mandalorian. Foi uma série que, na segunda cena especificamente, te recompensou se você for um fã de Clone Wars ou de outras partes da franquia. Você fica ‘ai meu Deus, isso é ótimo’, e então no final da primeira temporada, com o Sabre Sombrio, você fica ‘ah meu Deus, isso é incrível. Então é para aí que eles estão indo’”.

Por outro lado, é ainda mais importante criar uma história sólida que fale por si mesma e conquiste novos fãs:

“Mas minha mãe também pode ver The Mandalorian. Minha mãe, que tem um entendimento superficial de Star Wars pode assistir a série e realmente fica investida na conexão central entre os dois protagonistas, porque é universal e profundamente emblemático o que George Lucas quis trazer ao mundo que criou.”

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