Crítica | Foundation – Episódio 1 e 2 (2021)

A saga literária escrita por Isaac Asimov começou a ser escrita na década de 40, época em que não passavam de contos que mais tarde se juntariam para criar o primeiro volume, “Fundação” (1951), que seria o início de um trilogia composta por mais dois volumes “Fundação e Império” (1952) e “Segunda Fundação” (1953). As enormes vendas e o sucesso da crítica o levaram a ganhar o prestigioso Prêmio Hugo de “Melhor Série de Ficção Científica de Todos os Tempos” em 1966. Mas ainda havia muito por vir, já que podemos contar até 12 livros que fazem parte da saga literária e ainda mais três histórias que poderíamos agregar se não formos muito puristas.

Demorou anos para que fosse adaptada, sempre sendo engavetada, mas agora finalmente podemos ver em live action. A série fez um esforço de compilação para compreender a vastidão da obra de Asimov (autor de mais de 500 livros), e as possíveis repercussões desta adaptação , dado que tem tanto potencial para se estender tanto em sequências como em prelúdios , ou spin-offs. Pode ser o começo de algo muito grande, a julgar pelo tamanho do projeto.

A série se situa entre “Rumo à Fundação” e “Fundação”, segundo as declarações de David S. Goyer, o showrunner e produtor executivo da série, que afirmou que teremos a “presença de Eto Demerzel e Gaal Dornick” enquanto a ausência de Dors Venabili será perceptível.

A Fundação nos leva ao momento em que o nosso protagonista, o professor Hari Seldon, interpretado pelo excelente Jared Harris, é acusado de ameaçar a estabilidade do Império após ter concluído que o seu colapso é iminente. É sobre um cientista que cunhou o conceito de Psico – história para prever o futuro da sociedade em larga escala combinando Matemática e Sociologia.

Enfurecidos pelas teorias da psico-história de Seldon, os Cleons – uma longa linha de imperadores clones no poder – temem que seu domínio sobre a galáxia possa ser enfraquecido se eles reconhecerem a possibilidade real de perder seu legado para sempre. No entanto, as coisas estão em um ponto crucial: nada do que for feito será capaz de evitar a queda do Império, mas irá mitigar em grande parte o tempo durante o qual dura a barbárie até que uma nova ordem galáctica seja estabelecida novamente.

A primeira coisa que a Apple TV + fez muito bem, foi investir muito dinheiro na produção.  No qual acabam nos brindando com muitos mundos que compõem o Império e a variedade de seres que os habitam, o CGI definitivamente é excelente. Esta é a única maneira de mostrar o colapso de uma grande civilização e mergulhar na escala dos danos sociais produzidos e também na dificuldade de “consertar o desastre”.

A série é de grande escala, portanto parece excepcional graças as paisagens deslumbrantes de incrível beleza, a fotografia e muito mais . A direção artística é bem detalhista, o imaginário transborda nos personagens,  nos figurinos aos adereços e a fotografia articulada por seis diferentes especialistas. A série será composta por dez episódios de uma hora, e será finalizada no dia 19 de novembro, então uma grande jornada está vindo, e estou ansioso para acompanhar.

A Apple TV + lança uma louvável adaptação louvável. Fazendo até melhorias eu diria no excelente material , os dois primeiros  episódios são altamente recomendáveis para fãs de ficção cientifica épica.

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