Crítica | Finch (2021)

Miguel Sapochnik  está se tornando um dos diretores mais adorados e premiados, principalmente pelo seu trabalho em Game of Thrones, que lhe rendeu dois Emmy Awards. E agora será o responsável pelo primeiro de seu spin-off, House of the Dragon). Agora ele trouxe o projeto bastante interessante Finch, da Apple TV+, que tem como estrela o amado Tom Hanks.

Finch (Hanks) é um homem solitário que está de mal a pior num mundo pós-apocalíptico com a única companhia de seu cachorro Goodyear e um pequeno robô que o acompanha em suas expedições em busca de alimento. Um cataclismo solar atingiu a Terra e destruiu a camada de ozônio e elevou os níveis de radiação, a ponto de serem incompatíveis com a vida que conhecemos, com tempestades de areia periódicas, ciclones e raios. Tornando a vida do personagem um  inferno.

Depois de morar em um bunker por quinze anos, Finch percebe que não tem escolha a não ser deixar a segurança de sua “casa”, mas para isso precisa de ajuda. O personagem utiliza todo o seu conhecimento em engenharia robótica para criar um robô ao qual ele tem que ensinar tudo o que sabe, para que cuide de seu cachorro, antes que a radiação do planeta o mate.

A sua principal preocupação é que a máquina compreenda a relevância do que implicam as experiências e que desta forma consiga ganhar a confiança do cachorro Goodyear no qual tem que alimentar, cuidar e proteger num ambiente em decadência. A relação entre Finch e o robô Jeff é quase como a de um pai e filho. O primeiro tenta transcender mas também tem um complicado papel de educador que o faz ter que repreender o robô, instigá-lo a imitá-lo no início, mas também saber improvisar e até mesmo “viver” e se sobressair em momentos de perigo.

Finch é um filme que atinge como uma flecha, um pouco triste às vezes, mas que tem um caminho de luz e esperança nele. Nos trazendo lições sobre a vida. Tom Hanks sem dúvidas carrega muito bem o peso dramático , mas também deve ser dito que os efeitos especiais são excepcionais e que Jeff o robô tem um CGI muito realista e o cão é tremendamente expressivo, o que faz o espectador se apegar a eles.

O longa te leva a um crescendo emocional que te faz, sem ser brega mergulhar no que nos torna humanos. Hanks mais uma vez nos faz celebrar a vida , além de entregar uma trilha sonora excelente, composta por Gustavo Santaolalla . Este é um cinema da velha guarda no melhor dos sentidos, já que você pode ver a marca dos produtores deste projeto. Como Robert Zemeckis e a empresa Amblin que Steven Spielberg fundou.

 

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