O ex -CEO da Disney , Bob Iger, disse que fazer um acordo com a Netflix criou, sem saber, competição entre as duas empresas. Em entrevista ao The New York Times , Iger explicou que o licenciamento de filmes de propriedade da Disney para a plataforma de streaming permitiu que a Netflix capitalizasse essa receita de uma maneira que beneficiasse a Netflix, não a Disney.
“Eles estavam usando parte da circulação que nós os ajudamos a criar e o crescimento das assinaturas para financiar sua própria produção de televisão e filmes, diretamente competitivos conosco por talento e histórias”, disse Iger.
Quando os estúdios licenciam filmes para serviços de streaming, a expectativa é que ambos os lados se beneficiem do acordo. Uma parte lucra com o acordo de licenciamento, enquanto o conteúdo idealmente traz mais assinantes para a outra. No entanto, a Netflix usando a receita resultante para produzir conteúdo original – uma prática que a Disney não conseguia replicar em seu próprio serviço de streaming na época – criou um negócio com perdas para a empresa de Iger. ”
Acordei um dia e pensei: estamos basicamente vendendo tecnologia de armas nucleares para um país do Terceiro Mundo”, disse ele, “e agora eles estão usando isso contra nós”.
Em 2019, a Disney lançou seu próprio serviço de streaming para abrigar filmes e programas existentes e originais. Mas a empresa não conseguiu mover imediatamente todo o seu conteúdo para o Disney+. Tinha que honrar os acordos de licenciamento existentes, razão pela qual alguns filmes da Marvel, por exemplo, permaneceram na Netflix depois que a Disney lançou sua plataforma. Isso fez com que a empresa perdesse muito dinheiro quando ela parou de licenciar seus filmes.
“Decidimos na época que interromperíamos o licenciamento para a Netflix e faríamos nós mesmos”, disse Iger. “E isso resultou em uma diminuição substancial em nossa receita, porque nos livramos de todo aquele licenciamento… mas nos empurrou para um negócio que é o motor de crescimento mais atraente na mídia hoje.”