Crítica | Bridgerton – 2ª temporada (2022)

A 2ª temporada de Bridgerton, chegou em 25 de março de 2022, com intuito de mudar o foco, dessa vez para o Visconde Anthony e nos traz uma nova história que segue à risca a fórmula do sucesso da anterior. Que tem os mesmos defeitos e virtudes.

Com Daphne agora duquesa e mãe, a nova história de romance muda para seu irmão Anthoby, o filho mais velho dos Bridgerton , obcecado em honrar sua família casando-se com uma mulher ideal que é a esposa de seus sonhos, mesmo que não haja amor entre eles. Quando parece impossível que exista alguém com suas expectativas, altas e inatingíveis. Anthony conhece as irmãs Edwina e Kate Sharma, que aparecem na sociedade sob a proteção de Lady Danbury. A primeiro cativa a atenção da rainha e assim se torna alvo do olhar de Anthony, mas ele terá que passar pelo filtro de sua irmã exigente, algo complicado dada sua fama de libertino.

Esta segunda temporada, composta por oito episódios com duração próxima ou superior a uma hora, é especialmente longa, pois desenvolve um novo romance tempestuoso (e muito semelhante ao da primeira temporada, o que pode soar repetitiva) em que as tramas andam muito devagar e e com pouca tensão sexual entre Jonathan Bailey e Simone Ashley, a química não se compara ao casal da primeira.

A segunda temporada também continua a mergulhar nas dificuldades de Lady Whistledown em permanecer anônima e em algumas sub-tramas que acabam não sendo resolvidas, como a necessidade de independência de Eloise (seu arco narrativo foi muito desperdiçado) ou o futuro dos outros dois irmãos de Anthony, ambos procurando seu próprio caminho.

Ainda há uma investigação sobre o passado da família e certos enredos que levam a obsessões que acabam por agir como um gatilho para impulsionar a história e ver o lado mais humano de personagens um tanto duros, mas também parece um recurso banal.

A série continua sobrecarregada pelos mesmos problemas da temporada anterior: a idealização do amor romântico, tentando misturar com um feminismo duvidoso e todas as contradições do mundo em relação à inclusão social que resulta em uma glorificação classista em que a maior aspiração é pertencer ao pequeno teatro da classe alta. Enfim, a segunda temporada pode funcionar para quem gostou da primeira.

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