Crítica | Westworld – 4ª temporada (2022)

Westworld nos apresentou uma excelente 4ª temporada, Lisa Joy e Jonathan Nolan corrigiram erros da temporada passada, mas deixa sentimento de que esta ficção cientifica fantástica, já entregou o que tinha que entregar para nós.

A série inicia com Bernard, que retornou do Sublime, após rodar milhões de simulações possíveis, ala Doutor Estranho. Para que possa evitar um final apocalíptico que pode destruir ambas as raças, as dos host e humanos. Bernard passou milênios no Sublime e em contrapartida anos no mundo real. E com isso a série retorna ao modelo antigo de timelines separadas, diferente das duas primeiras temporadas que eram três distintas, aqui é apenas duas. E com o passar dos episódios fica fácil de descobrir qual é a atual.

Maeve se encontra com Caleb, que agora é casado e tem uma filha. Como Charlotte está em ação para aplicar seu plano final, Maeve não tem outra alternativa ao chamar ao Caleb para ajuda-la. Já que agora foi estabelecido que anos se passaram desde o final da terceira temporada, e os dois foram parceiros na busca de destruírem outro servidor do Rehoboam e também evitarem a guerra entre máquinas e humanos, fica o questionamento, será que eles realmente foram bem sucedidos? Logo descobrimos que não.

Em contrapartida somos apresentados a Christina, que é idêntica a Dolores ( e como muitos podem imaginar o porque) e está vivendo em um mundo aparentemente utópico. Mas aparenta está perdida, sem grande motivação, em busca de algo maior e que não sabe o que é. Ela acorda todos os dias para a mesma vida entediante de sempre, quase como se estivesse vivendo um loop. Então seu ”mundo” é abalado, quando um estranho começa a persegui-la e falar que ela está destruindo sua vida e pede para que Christina pare o que está fazendo. A única coisa estabelecida inicialmente, é que ela é programadora de narrativa de jogos numa empresa chamada Olympia. Mas vemos que nem tudo é o que parece. Vemos rostos conhecidos surgirem novamente e novos personagens também, mas que pouco acrescentam na trama, para ser muito claro aqui.

Os dois últimos episódios, que também apresentam o final da série, dão uma quebrada no ritmo. O foco principal dessa temporada é Christina, que estava em uma jornada de autodescoberta, o que pode parecer repetitivo para o público e um pouco cansativo, já que vimos isso na primeira temporada. Mas ainda assim nos leva a uma culminação até satisfatória, e um novo ciclo se inicia. Definitivamente essa temporada foi superior a terceira, mas ainda abaixo das duas primeiras temporadas. Fica difícil imaginar o que mais tem para espremer desse suco, todos os personagens principais que amamos, tiveram seus arcos finalizados há muito tempo, e só estão girando em círculos não tendo mais para onde seguir com eles.

A HBO ainda não confirmou oficialmente o final de ‘Westworld’ com a quarta temporada, mas o que vimos no final é suficiente, se revelassem que acabou na quarta, está tudo bem.  Não é difícil dizer que a temporada começou muito bem e animou parte do público chateado com a anterior, e conseguiu entregar pelo menos um final satisfatório.

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