Em uma pesquisa feita pelo Reino Unido, revelou que jovens britânicos com idades entre 14 e 24 anos passam uma média de 57 minutos por dia assistindo ao TikTok – mais do que gastam assistindo TV tradicional, novos números revelaram hoje.
A Ofcom descobriu que a faixa etária agora passa menos de uma hora (53 minutos) por dia assistindo a canais de TV tradicionais, uma queda de dois terços em dez anos. Por outro lado, as pessoas com mais de 65 anos ainda estão sintonizando a TV programada por cinco horas e 50 minutos em média por dia – um pouco acima de uma década antes.
No entanto, a imagem mais ampla que esses dados pintam é aquela em que a maior plataforma de vídeo do mundo pode estar perdendo o controle da próxima geração de usuários da web – especificamente, a Geração Z e a Geração Alfa . Acredita-se que a Geração Z inclua pessoas nascidas entre meados e final da década de 1990 e a década de 2010. Enquanto isso, a Geração Alfa – uma geração cuja infância foi pausada pelo Covid, e depois online – inclui aqueles nascidos após o início e meados da década de 2010.
Em um relatório anual anterior , Qustodio havia analisado o uso de aplicativos infantis e descobriu que o TikTok estava se aproximando do YouTube em termos de tempo médio gasto. No entanto, esse relatório examinou os dados de uma forma um tanto desajeitada. Ele havia incluído o uso de aplicativos no início de 2020 em um relatório amplamente focado nas tendências de 2019 – uma decisão que a empresa havia tomado na época para destacar o aumento da conectividade ocorrido no início da pandemia. O relatório também se concentrou em alguns dos principais mercados, em vez de tendências globais.
A empresa também divulgou métricas para países líderes como EUA, Reino Unido e Espanha, que demonstram uma mudança ainda mais incrível em uma base regional, em comparação com as tendências globais. Por exemplo, crianças e adolescentes dos EUA no ano passado gastaram uma média de 99 minutos por dia no TikTok versus 61 minutos no YouTube. No Reino Unido, o uso do TikTok chegou a 102 minutos por dia, contra apenas 53 minutos no YouTube.
95% dos adolescentes dos EUA assistem ao YouTube
Uma pesquisa separada do Pew Research Center descobriu que 95% dos adolescentes dos EUA assistem ao YouTube, enquanto 67% usam o TikTok. Outros aplicativos populares entre 13 e 17 anos são o Instagram (62%) e o Snapchat (59%).
Enquanto isso, o Facebook e o Twitter estão cada vez mais em desuso entre os adolescentes, o primeiro usado por 32% este ano, em comparação com 71% em 2015. O Twitter sofreu uma queda menos dramática, mas ainda significativa, de 33% para 23%.
As coisas ficam ainda mais difíceis quando você olha para os aplicativos mais usados. Para o YouTube, 19% dos adolescentes dizem que assistem “quase constantemente” e outros 41% “várias vezes ao dia”. Isso contrasta com o Facebook, onde os mesmos números são apenas 2% e 8%, respectivamente.
O Pew também perguntou como os adolescentes americanos se sentiam em relação ao uso das mídias sociais e quão difícil seria desistir.
Ao refletir sobre a quantidade de tempo que passam nas mídias sociais em geral, a maioria dos adolescentes dos EUA (55%) diz que gasta a quantidade certa de tempo nesses aplicativos e sites, enquanto cerca de um terço dos adolescentes (36%) dizem que gastar muito tempo nas redes sociais. Apenas 8% dos adolescentes acham que passam muito pouco tempo nessas plataformas.
Questionados sobre a ideia de desistir das mídias sociais, 54% dos adolescentes dizem que seria pelo menos um pouco difícil desistir, enquanto 46% dizem que seria pelo menos um pouco fácil.
Meninas adolescentes são mais propensas do que meninos adolescentes a expressar que seria difícil desistir das mídias sociais (58% vs. 49%). Por outro lado, um quarto dos meninos adolescentes diz que desistir das mídias sociais seria muito fácil, enquanto 15% das meninas adolescentes dizem o mesmo. Os adolescentes mais velhos também dizem que teriam dificuldade em desistir das mídias sociais. Cerca de seis em cada dez adolescentes de 15 a 17 anos (58%) dizem que desistir das mídias sociais seria pelo menos um pouco difícil de fazer. Uma parcela menor de jovens de 13 a 14 anos (48%) acha que isso seria difícil.