Crítica | Halloween Ends (2022)

Halloween Ends finalmente chegou dar fim uma saga. Com direção de David Gordon Greene e roteiro, Chris Bernier e David Gordon Green. Bom se esse filme é realmente o fim definitivo não se sabe, afinal estamos falando de Hollywood. Um lugar de infinitos remakes e reboots. Mas tecnicamente e comercialmente, esse é o encerramento.

Jamie Lee Curtis retorna para seu papel icônico de Laurie Strode. Ela ficou com a custodia de sua neta Allyson após o final dramático de Halloween Kills. Depois de ter vivido como prepper com o único propósito de matar Michael Myers e o massacre que levou a tudo, ela opta por uma vida mais tranquila, reconstruindo-se aos poucos.

Embora tenham se passado quatro anos em que nada se sabe sobre ele, a paranoia parece ter se instalado em Haddonfield , onde o medo despertado pelo brutal serial killer literalmente tira vidas. É o caso de um jovem que, tomado pelo medo, acaba acidentalmente com a vida de uma criança na noite em que deveria cuidar dela.

Somente quando Myers mata novamente, seu poder cresce e ele se torna uma ameaça real novamente, mesmo compartilhando sua máscara com outra pessoa. A principal atração e motor da trama, é o duelo Myers e Strode, é surpreendente que boa parte do desenvolvimento do filme não seja dedicada a eles, os eixos do espetáculo, mas a outros personagens que se apresentam como sucessores do mal do vilão.

Outra das questões mais importantes decorrentes desta nova trilogia foi o tratamento e evolução de Laurie Strode , que tem que lidar com seu rancor e fúria, mas sem nunca baixar a guarda. É neste último filme, que a percebemos mais humana, mais tridimensional, necessitada de virar a página e embarcar em uma nova jornada. Tendo esconder seus medos íntimos, que a fizeram desenvolver uma intuição a presença ou influência maligna de Myers.

Talvez o mais insatisfatório que devo criticar, são as refilmagens que afetaram  na edição do filme, que ficaram bastante perceptíveis. De modo que algumas cenas se encaixam pior do que outras e há mudanças na maneira de pensar personagens que são percebidos como muito abruptas.

Halloween Ends é um filme honesto que põe fim a esta história. Não estamos diante do melhor episódio da saga, nem mesmo da trilogia, mas serve como um fechamento que é quase satisfatório, quase porque o potencial é para mais.

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