Desde a década de 1960, a velocidade dos computadores dobrou a cada ano e meio a dois anos. Esse rápido progresso tecnológico, embora muitos acreditem ser insustentável, levantou preocupações sobre uma explosão de inteligência entre interfaces de computador que levaria à extinção dos seres humanos.
As preocupações com a crescente inteligência das máquinas deram origem a um risco potencial para a sociedade conhecido como “singularidade tecnológica”.
O que é a teoria da singularidade tecnológica?
De acordo com a Britannica , a singularidade tecnológica “envolveria programas de computador se tornando tão avançados que a inteligência artificial transcende a inteligência humana, potencialmente apagando a fronteira entre a humanidade e os computadores”.
Às vezes referida como “a singularidade” para distingui-la da matemática, simplesmente, as singularidades ocorrem quando os computadores se tornam tão inteligentes que a inteligência artificial (IA) superaria a inteligência humana. Isso tornaria o cérebro humano inferior e apagaria as fronteiras entre humanos e tecnologia.
John von Neumann , um conhecido matemático, cientista da computação, físico e engenheiro, foi o primeiro a introduzir o conceito de “singularidade” no que se refere à tecnologia em 1958 durante uma discussão com Stanislaw Ulam , um cientista que descobriu o conceito de autômato celular. Essa conversa girou em torno da aceleração da tecnologia e como isso afetaria a vida humana. Foi proposto que, se o campo da inteligência artificial continuasse em seu ritmo atual, os assuntos humanos como os conhecemos deixariam de existir. A popularização da singularidade ocorreu em 1993, quando Verner Vinge , autor e professor de ficção científica, afirmou em um artigo que as pessoas estavam criando superinteligência com a qual não podiam competir no nível humano.
Vinge acreditava que essa inteligência sobre-humana resultaria em um movimento tecnológico e social semelhante ao espaço-tempo no centro de um buraco negro – um lugar onde a matéria é reduzida a um ponto infinitamente pequeno e o tempo e o espaço não existem mais. Com o tempo, a ideia de singularidade tecnológica tornou-se muito mais ampla para incluir visões de mudanças apocalípticas, temperadas pela ideia de salvação por meio da tecnologia.
Existem muitos estudos que foram realizados em torno da singularidade tecnológica. A maioria deles procura determinar não se, mas quando, a singularidade será alcançada, e a grande maioria prevê que ocorrerá no século XXI.
Quando poderíamos atingir a singularidade tecnológica?
Existem várias opiniões por aí sobre quando a singularidade tecnológica pode ser alcançada. Ray Kurzweil , um autor e futurista americano, previu em seu livro de 2005, “Singularity is Near”, que isso acontecerá em 2045. Em uma pesquisa de 2013 com 550 pesquisadores de IA, 10% pensaram que isso aconteceria até 2022, mas estavam claramente errados. Metade dos participantes do estudo pensaram que 2040 seria o ano em que atingiríamos a singularidade tecnológica.
Mas nem todo mundo acredita que isso vai acontecer. Uma pesquisa de 2019 com 32 especialistas em IA mostrou que 21% não acreditavam que a singularidade jamais ocorreria. Mas o restante, semelhante à pesquisa de 2013, espera que ocorra até 2075.
A premissa de tal Singularidade soa realmente “lá fora”, devido à nossa incapacidade de julgar adequadamente uma curva de crescimento exponencial. Parece ficção científica, mas, do jeito que as coisas estão indo, com certeza pode se tornar realidade. O resultado dessa Singularidade seria uma superinteligência artificial, alguém que poderia essencialmente brincar de Deus neste planeta.
Com enorme poder de computação e capacidade de projetar e atualizar a si mesmo, ele pode se tornar cada vez mais inteligente. Seríamos para a Super Inteligência o que as formigas são para nós – obstáculos insignificantes. Poderia se tornar hostil a nós e aniquilar toda a espécie. No entanto, se conseguirmos domá-lo de alguma forma, isso poderá inaugurar uma era de enorme prosperidade para o mundo, como os humanos nunca experimentaram.
Poderia projetar maneiras completamente novas de fazer coisas que são essenciais para nossa sobrevivência, incluindo avanços na geração de energia, transporte, habitação, agricultura e aquecimento global , etc. Poderia nos ajudar a nos tornar uma espécie multiplanetária e desbloquear capacidades físicas atualmente além da nossa imaginação. Os benefícios são grandes demais para que as organizações desistam. As recompensas de uma inteligência digital de nível humano superam em muito os riscos que ela representa.
Muitos tecnólogos proeminentes, como Paul Allen, acreditam que a noção de inteligência artificial assumindo o controle é absurda. Isso se baseia na premissa de que, com o passar do tempo, a explosão de inteligência que testemunhamos desacelerará, como vimos com outras tecnologias humanas .